Que pontos explicam desequilíbrio citado por Dorival na seleção após empate
Como o próprio Dorival disse, nada vai acontecer com um passe de mágica.
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Esporte FUTEBOL-SELEÇÃO
EDER TRASKINI E IGOR SIQUEIRA
ORLANDO, EUA, E RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) - Dorival Júnior e os jogadores da seleção não negam: o Brasil ainda precisa de equilíbrio para a disputa da Copa América. Mas o que isso quer dizer? O time tem pontos a melhorar em praticamente todos os quesitos exigidos pelo treinador: parte ofensiva, defensiva, movimentação, troca de passes e recomposição.
A reportagem detalha essas situações que voltarão à tona na estreia, contra a Costa Rica, dia 24. Como o próprio Dorival disse, nada vai acontecer com um passe de mágica.
QUESTÕES DEFENSIVAS
O Brasil tem sofrido muitos gols. Foram seis nos últimos quatro jogos.
A ressalva de Dorival nessa conta é que contra a Espanha foram dois pênaltis muito duvidosos.
Mas o time deu bobeira contra o México, quando vencia por 2 a 0 chegou a sofrer o empate.
Contra os Estados Unidos, permitiu muitas chances ao adversário. Escapou de levar mais por conta do travessão e de duas defesas complicadíssimas feitas por Alisson.
Em questão de posicionamento, tem falhado na marcação na frente da área. Essa função fica com os três meio-campistas, mas Dorival pediu a Raphinha que se sacrifique um pouco mais, deixando Vini Jr. e Rodrygo mais soltos na frente.
DINÂMICA OFENSIVA
O Brasil tem alternado bons e maus momentos ofensivos. Contra os EUA, chutou 25 vezes, sendo 12 no gol. Isso revela que às vezes o time engrena, mas falha na efetividade.
A dinâmica de posicionamento no ataque e criação de jogadas precisam crescer ainda. Tem jogador ainda assimilando o que fazer.
A tentativa mais recente de Dorival foi deixar Vini e Rodrygo trocando de posições da esquerda para o meio, com Raphinha aberto.
Mas o Brasil, de todo modo, tem dificuldades para gerar jogo quando o adversário se fecha mais - essa dinâmica vai se repetir durante a Copa América.
CAMPO MENOR
Essa é uma peculiaridade da Copa América. Os campos têm dimensões menores - 5m a menos de comprimento e 4m a menos de largura.
O espaço fica reduzido para os lados. E o Brasil tem como característica jogadores dribladores e velozes que ficam mais encaixotados por isso. Além disso, a pressão ofensiva e defensiva passa a ser ainda mais decisiva.
Outro ponto: se o time adversário fica mais perto do gol em contra-ataque, a defesa precisa percorrer menos espaço na recomposição.
COMO DOMINAR O JOGO?
Numa mescla de adaptação ao esquema e à dimensão do campo, Dorival quer passes mais rápidos e movimentação mais intensa.
Precisamos de uma mobilidade um pouco maior, uma troca de passes mais dinâmica, com mais velocidade Dorival