Abel Ferreira pede desculpas às comunidades indígenas por frase xenofóbica no Palmeiras
Adileon Eva dos Santos, conhecido como Kaká, 34, que trabalhava com o cantor MC Livinho, foi morto no final da madrugada desta sexta-feira (12) com um tiro na cabeça, na zona norte de São Paulo.
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Esporte Palmeiras
A nota de retratação do Palmeiras logo depois de o técnico Abel Ferreira usar uma frase xenofóbica e alegar que sua equipe "não era de índios", ao tentar justificar uma possível bagunça tática diante do Atlético-GO, não foi a única maneira de o português se defender. Após a polêmica, o comandante usou suas redes sociais para emitir um pedido de desculpas.
Nesta sexta-feira, Abel reconheceu que errou na coletiva após a vitória por 3 a 1 no Allianz Parque ao tentar usar um batido jargão popular do futebol. O treinador garantiu que vai se policiar para evitar repetir tamanha falha.
"Repudio toda e qualquer forma de preconceito e discriminação. Infelizmente, há expressões que continuamos a perpetuar sem que nos debrucemos sobre o seu conteúdo. Errei ao usar uma dessas expressões na coletiva de imprensa", admitiu o treinador palmeirense.
O técnico falava sobre a possibilidade de um jogador aparecer em diversas funções, no caso o volante Aníbal Moreno, para explicar que cada um tem sua função tática na equipe. "Isso não é uma equipe de índios", disparou, sem notar o tamanho de sua xenofobia.
Ainda de madrugada, o Palmeiras já mandou uma retratação do técnico. Ele reforçou as desculpas. "Reconheço que palavras têm poder e impacto, independentemente da intenção. Devemos todos nos questionar, pensar e melhorar todos os dias. Peço desculpas a todos e, em especial, às comunidades indígenas", completou o treinador, que recentemente reclamou de ser alvo de discriminação de Carlos Belmonte, dirigente do São Paulo.