NFL quer voltar ao Brasil em 2025, e São Paulo tem concorrência para receber jogo
A liga não cita os nomes dos interessados e não há nada fechado até o momento
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Esporte National Football League
Após o primeiro jogo da National Football League (NFL) no Brasil, classificado como um sucesso pela liga, o País continua nos planos para receber jogos no País. Nesta quinta-feira, executivos confirmaram o desejo de retornar ao Brasil em 2025, com São Paulo como prioridade, mas já há concorrências de outros Estados e cidades. A liga, no entanto, não cita os nomes dos interessados e não há nada fechado até o momento.
Ao longo dos últimos anos, a liga analisou, além da Neo Química Arena, o Allianz Parque, MorumBis e o Maracanã, no Rio, até definir a casa do Corinthians como o estádio ideal para receber o duelo entre Philadelphia Eagles e Green Bay Packers, em setembro deste ano. Após o sucesso na partida inaugural, que contou com mais de 47 mil torcedores em Itaquera, a NFL já trabalha com a possibilidade de repetir a partida em 2025.
"O plano é retornar ao Brasil e continuar crescendo nosso mercado aqui, com eventos, parceiros e com as franquias da NFL. Queremos manter o momento e, em 2025, retornar ao Brasil e ao México, além do jogo inaugural em Madri", afirmou Peter O'Reilly, vice-presidente executivo da NFL. Em dezembro de 2023, os donos das franquias aprovaram um aumento no número de jogos internacionais por temporada - de quatro, no último ano, para oito, a partir de 2025.
Nesse cenário, abre margem para que o Brasil repita a dose no próximo ano. Além dos três jogos em Londres e o de Madri confirmados, Alemanha e México também surgem como mercados em potenciais para a liga. Se todos esses jogos forem preenchidos, ainda haveria espaço para a partida no País. E, após a primeira experiência em São Paulo, a cidade continua como prioridade neste momento.
"Eagles e Packers tiveram uma ótima experiência no Brasil. Temos uma grande parceria com a prefeitura, a SPTuris e o Corinthians. Estamos comprometidos com o País e esperamos retornar", disse O'Reilly. Ele também afirmou que espera que "uma ou duas franquias" optem por explorar o mercado brasileiro nos próximos anos. No momento, Miami Dolphins e New England Patriots têm o direito de realizar ações de marketing e comerciais no País.
O executivo, no entanto, afirmou que, em 2025, a tendência é que, se a NFL retornar de fato ao Brasil, seja por um jogo apenas. Gustavo Pires, presidente da SPTuris, expressou seu desejo de que o futebol americano tivesse mais de uma partida na cidade a partir dos próximos anos.
Além disso, após o sucesso da primeira partida, outras cidades se mostraram interessadas em entrar na concorrência com São Paulo, mesmo que a NFL mantenha a posição de ter São Paulo como prioridade. Roger Goodell, comissário da NFL, já havia dito em setembro que o Rio, por exemplo, era uma das principais concorrências à capital paulista. "Nosso foco ainda é São Paulo. O jogo criou empolgação nos torcedores e em outras cidades, mas temos um grande parceiro em São Paulo e no Corinthians e ainda estamos analisando os resultados dessa partida para definir o futuro no Brasil", disse OReilly.
"Pelo sucesso que tivemos no estádio, nosso foco continua no estádio do Corinthians. Entrar em um mercado cria empolgação em outras partes do País. Especialmente quanto à possibilidade de sediar jogos", afirmou o executivo.
A carga de ingressos na casa do Corinthians foi esgotada para o duelo entre Philadelphia Eagles e Green Bay Packers. Ao todo, 47.236 pessoas acompanharam a partida. Segundo dados de pesquisa conduzida pelo Observatório de Turismo e Eventos (OTE) da SPTuris, 12% do público era estrangeiro ou veio de fora do Brasil - cerca de 5,6 mil fãs de futebol americano. O Estadão já havia apontado uma 'invasão' americana antes da partida e a NFL vendeu pacotes de viagens especiais para o Brasil.
Além desses números, a NFL apontou nesta quinta-feira que a partida contou com brasileiros de todos os Estados da federação, do Amapá ao Rio Grande do Sul. "Mostra o desejo das pessoas em ter um jogo na América do Sul", pontuou O'Reilly. Houve uma movimentação de US$ 61,9 milhões (aproximadamente R$ 330 milhões) na partida. A quantia é similar a que a prefeitura da cidade esperava, em torno de US$ 60 milhões, com base em outros jogos da NFL realizados em diferentes cidades.