Locais de competição no Rio abrigam jibóias, jacarés e outros animais
Campo de golfe e complexo de Deodoro são os mais 'selvagens' dos Jogos
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Esporte rio selvagem
Composta por montanhas, florestas e mar, a cidade do Rio de Janeiro acaba sendo, em muitas regiões, uma espécie de zoológico a céu aberto, tamanha a quantidade de animais silvestres presentes.
A biodiversidade da natureza carioca está presente, inclusive, em locais que receberão competições, principalmente o campo de golfe, na Barra da Tijuca, e o complexo de Deodoro.
"Com os animais silvestres, temos trabalhado principalmente no campo de golfe, em Deodoro e na Lagoa. No golfe tem capivara, paca, jiboia, coruja-buraqueira, preguiça... é um zoológico em ambiente natural. Em Deodoro apareceu uma cobra-coral, que foi levada para uma mata. Na Lagoa tem muitos quero-quero (pássaro), que fazem ninho no caminho do público e há o risco de atacarem. Temos que proteger o ninho e as pessoas. Temos cinco pessoas só para o golfe e duas equipes móveis para as outras instalações. Um biólogo é quem coordena", afirmou ao Globoesporte.com a gerente geral de sustentabilidade, acessibilidade e legado do Comitê Rio 2016, Tânia Braga.
Segundo ela, a presença dos animais não deve ser preocupação para público e delegações.
"Lembro que houve uma surpresa da mídia internacional quando souberam que havia jacaré-do-papo-amarelo no golfe. É o ambiente dele e não representa risco para nós. A convivência harmoniosa é possível. Fizemos totens para explicar quais bichos existem nestes lugares. Na Vila de Mídia, por exemplo, que fica perto do Parque da Pedra Branca, já tivemos tamanduá, paca... Lá também colocamos totens explicativos. A tônica é proteção, informação e valorização."