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Conheça a ginasta Simone Biles, o fenômeno 'papa ouro' dos EUA
Atleta conquistou nesta terça-feira o que pode ser o primeiro de vários ouros ao longo da carreira
Conheça a ginasta Simone Biles, o fenômeno 'papa ouro' dos EUA
- No lugar mais alto do pódio
© Reuters
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09:15 - 10/08/16 por Notícias Ao Minuto
Esporte Perfil
Uma ginasta norte-americana de apenas 1,45m de altura promete ser a maior medalhista desta edição dos Jogos Olímpicos. Simone Biles é favorita a cinco medalhas de ouro e pode entrar em breve no hall de esportistas do naipe de Usain Bolt, Michel Phelps e Nadia Comaneci. O primeiro ouro já foi conquistado nesta terça-feira - a partir de agora, tem início a contagem regressiva para os outros possíveis quatro.
Aos 19 anos, a atleta acumula dez ouros garimpados em competições internacionais, podendo ser considerada a maior potência de sua modalidade na história.
Em três mundiais, ela subiu 14 vezes no pódio. Apesar da pressão, a esportista tenta manter o otimismo e equilibra trabalho e a diversão da fase da adolescência. O grande sorriso é sua marca registrada.
"Acho que eu já nasci sorrindo, para ser sincera. Eu ainda acho tudo isso (de ser estrela) muito estranho e diferente. Acho que é legal, mas quanto mais as pessoas falam de você, maior é a expectativa delas sobre você, então você tem que bloquear isso um pouco. Às vezes penso: "Uau, Simone, tem muita expectativa sobre você". Mas é uma honra ter tanta gente que te admira. É uma bênção", disse Simone.
A ginasta passou por situações difíceis ao longo da vida. Aos três anos, ela foi afastada da mãe que tinha problemas com vício de drogas. Ela acabou sendo criada pelo o avô, Ron, junto duas irmãs. "Nunca foi um problema, porque eu era muito jovem. As pessoas pedem para eu contar a história, mas eu era muito jovem para lembrar qualquer coisa", conta a ginasta.
A jovem começou a treinar aos seis anos e desde o início mostrou talento para o esporte. Ao longo de sua trajetória, a esportista, negra, também viveu casos de racismo. Após ganhar seu primeiro Mundial, Simone teve de ouvir a italiana Carlotta Ferlito dizer que gostaria de pintar a pele de negro para ter chance na competição - no ano anterior, a norte-americana Gabby Douglas havia subido ao posto mais alto do pódio.
A delegação italiana pediu desculpas, e a ginasta que fez o comentário foi afastada durante um ano. Aproveitou o período para aperfeiçoar ainda mais sua técnica. "Eu ainda tenho muitas falhas, dentro e fora do ginásio, então eu nunca me considero perfeita. Às vezes você diz: "Nossa, essa foi quase!" Acho que o mais perto que podemos chegar da perfeição é aquele: "Isso foi incrível!" Mas nunca perfeito", diz.
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