Mesmo sem classificação, refugiada síria vira estrela no Rio de Janeiro
Yusra nada desde pequena. No entanto, seus anos de natação foram testados de uma maneira nem um pouco convencional
© Reuters / Dominic Ebenbichler
Esporte Nadador
Com apenas 18 anos, a nadadora síria Yusra Mardini é um dos grandes personagens da Rio 2016 que já entraram para a história dos Jogos Olímpicos.
Mesmo ficando longe se classificar na prova de 100 metros borboleta, ficando com um tempo de 1:09,21 no último sábado (6), a atleta, que participa do evento esportivo com a delegação de refugiados, tem uma experiência com o esporte que os maiores recordistas provavelmente nunca terão.
Yusra nada desde pequena. No entanto, seus anos de natação foram testados de uma maneira nem um pouco convencional quando no ano passado ela e sua irmã, Sarah, decidiram que era necessário deixar a Síria para fugir da guerra. Após sair do país e atravessar o Líbano e a Turquia por terra, as duas tentaram ir para a Grécia de bote.
O problema é que, cerca de meia hora depois do embarque, o motor do pequeno barco, que tinha capacidade para seis pessoas, mas que contava com 20 naquele momento, parou de funcionar e a embarcação começou a dar sinais de que ia afundar.
Yusra, sua irmã e mais duas pessoas que estavam no bote, as únicas que sabiam nadar, então entraram na água gelada e puxaram o barco por três horas e meia até chegarem na costa grega, salvando assim todos os que estavam dentro.
As duas heroínas ainda passaram pela Macedônia, Sérvia, Hungria e Áustria para chegar na Alemanha, onde se estabeleceram e vivem atualmente. (ANSA)