Thiago Braz, campeão olímpico nesta segunda (15) no salto com vara, não conversa direito com Renaud Lavillenie, medalha de prata, atual campeão mundial e recordista do mundo. Ele e o francês estão afastados, revelou o brasileiro.

Lavillenie deixou o Engenhão reclamando muito dos torcedores, que vaiaram seu último salto, quando errou a tentativa de 6.08 m que deu o ouro ao brasileiro.

"Não conversamos direito tem um ano, um ano e meio. Tento me aproximar, criar um clima bom entre todos [competidores], mas ele não fala comigo", disse Braz.Lavillenie desconversou, disse que respeita Thiago, o acha um grande competidor, mas não são amigos.

O francês é muito amigo do ex-treinador de Braz, Elson Miranda, que também trabalha com Fabiana Murer, a saltadora brasileira que a partir desta terça (17) começará a disputar o ouro. O problema é que Braz e Miranda estão brigados, e por isso Lavillenie se afastou do campeão olímpico.

A relação tensa talvez explique também as intensas reclamações de Lavillenie após a derrota. Para as emissoras de TV, comparou as vaias que recebeu as que o americano Jesse Owens, vencedor dos 100 m rasos na Olimpíada de Berlim, em 1936, recebeu dos alemães naquela competição.

"Os brasileiros não honraram o espírito olímpico, não respeitaram. Fiquei muito chateado, me atrapalhou, nunca fiz nada a eles para me vaiarem como vaiaram. Estamos em uma Olimpíada, nenhuma torcida havia feito isso estando em casa e eu enfrentando um atleta local", afirmou.

Depois, na entrevista coletiva, bem ao lado de Thiago Braz, ele foi questionado para explicar a comparação que fez dos brasileiros aos alemães do período do nazismo. "Estava de cabeça quente, irritado. Foi equivocado", afirmou.

Para Braz, as vaias podem ter atrapalhado um pouco. "Mas estamos no Brasil, os torcedores incentivam, torcem", afirmou. Com informações da Folhapress.