Isaquias é dispensado de dupla após se tornar ídolo da canoagem
A partir de 2017, quando se inicia o próximo ciclo olímpico, Erlon de Souza vai trabalhar com Ronílson de Oliveira na dupla da canoagem
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Esporte Canoagem
A Rio-2016 foi mais que especial para Isaquias Queiroz, que faturou três medalhas (duas pratas e um bronze) na canoagem, se tornando o primeiro atleta brasileiro com mais medalhas em uma edição de Jogos. Na modalidade, o feito do baiano de 22 anos era considerado impossível.
Como bem lembrou o UOL Esporte, Isaquias foi bronze nos 200 metros dois dias após ter sido prata nos 1000 m, o que ninguém achava ser possível, segundo o treinador Jesús Morlán.
A prova C1-1000 m é pura resistência, com remadas brandas para suportar a movimentação por 1 km. A C1-200 é diferente. O competidor precisa explorar a explosão e velocidade. “Ninguém acreditava. E ele ainda foi lá e colocou a prova de duplas. E foi ao pódio. O que ele fez é incrível. Estão todos, no mundo da canoagem, muito impressionados”, disse o técnico ao UOL.
Apesar do feito incrível, Isaquias será dispensado da prova em duplas para os Jogos de Tóquio-2020. Ao lado de Erlon Souza, ele conquistou uma prata na Rio-2016. Mas a partir de 2017, quando se inicia o próximo ciclo olímpico, Souza vai trabalhar com Ronílson de Oliveira, atleta que ficou com a oitava colocação no Mundial de 2014 e não competiu nos Jogos do Rio.
“Eu preciso dar uma chance a Ronílson por tudo o que aconteceu. Em 2015, pouco depois de ter feito seu melhor mundial, de estar a dois metros de uma medalha, eu disse a ele que ele estava fora do time. Ele é um cara superbacana e entendeu, mas não foi uma conversa legal. Agora, no novo ciclo olímpico, ele precisa voltar. Então, Isaquias está fora, Ronílson, dentro”, justifica Morlán.