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Brasil foi líder em 'medalhas de chumbo', diz jornal

COB afirmou antes da competição que guiaria a meta pelo total de medalhas conquistadas, não pelo número de ouros, padrão usado normalmente pelos outros países

Brasil foi líder em 'medalhas de chumbo', diz jornal
Notícias ao Minuto Brasil

17:58 - 22/08/16 por Folhapress

Esporte Atleta

O Brasil não alcançou a meta do COB (Comitê Olímpico Brasileiro) de ficar entre os dez primeiros colocados no quadro de medalhas, mas sagrou-se campeão em outra disputa, ainda que pouco desejada pelos atletas: a do maior número de "medalhas de chumbo" da Rio-2016.

Essa é a expressão usada pelo "Wall Street Journal" para classificar os países com mais atletas que terminaram suas provas no último lugar. Segundo levantamento do jornal, o Brasil foi líder isolado. Venceu 21 medalhas de chumbo, 12 a mais que o segundo colocado, o Egito.

Para ficar entre os dez primeiros no ranking da Olimpíada, o COB afirmou antes da competição que guiaria a meta pelo total de medalhas conquistadas, não pelo número de ouros, padrão usado normalmente pelos outros países.

Se o critério valesse para o pódio do jornal americano e as medalhas de lata (penúltimo lugar) e zinco (antepenúltimo) fossem contabilizadas, o Brasil estaria ainda mais isolado na primeira colocação, com um total de 45 medalhas. O segundo colocado seria a Austrália, com 29.

Segundo o "Wall Street Journal", essa é a segunda Olimpíada consecutiva em que o país-sede tem o "melhor pior desempenho". Em Londres-2012, a Grã-Bretanha foi a campeã.

Países-sede, por possuírem atletas em modalidades nas quais não competiriam se não sediassem os Jogos, costumam subir mais frequentemente ao "pódio invertido". É o caso de equipes brasileiras com pouca tradição no país, como o polo aquático feminino e o rúgbi de sete masculino.

Esportes mais familiares aos brasileiros, porém, também contribuíram com o ranking de medalhas indesejadas, em provas como o salto em distância, em que Keila Costa terminou em último, e o basquete feminino, em que a seleção terminou em penúltimo, sem nenhuma vitória.

Em meio a tantas lideranças indesejadas, ao menos uma não coube ao Brasil. O Michael Phelps ou a Simone Biles do fracasso na Rio-2016 felizmente não é brasileiro. Trata-se de Kevin Crovetto, ginasta de Mônaco, que encerrou a participação na Olimpíada com quatro chumbos e um zinco. Com informações da Folhapress.

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