Oscar e Willian perdem espaço e Chelsea fica menos brasileiro
Com novo treinador, o clube inglês não está mais tão verde-amarelo como muitos esperavam
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Esporte Futebol Inglês
A temporada do Chelsea começou com três brasileiros sonhando com o time titular. Willian era intocável com Jose Mourinho e não havia motivo para perder um lugar no time titular. David Luiz voltava ao clube como principal contratação da temporada e também, dificilmente, amargaria o banco de reservas. A situação mais delicada era de Oscar, mas o meio-campista que não muito usado na temporada passada via o técnico Antonio Conte, que já tinha tentado sua contratação quando estava na Juventus, com esperança.
Hoje, o Chelsea de Antonio Conte já tomou forma. E não está tão verde-amarelo como muitos esperavam. Desde a derrota por 3 a 0 para o Arsenal, no final de setembro, o italiano encontrou seu time ideal, usando o esquema com três zagueiros que empregava na Juventus. Para os brasileiros, foi uma notícia ruim: dos três do elenco, só um é titular. David Luiz se encontrou no miolo da defesa com três zagueiros e vem sendo elogiadíssimo. Os outros dois estão sofrendo para se adaptar.
Quando chegou ao Chelsea, o brasileiro demorou uma temporada inteira para se adaptar. Mas quando o fez, transformou o lado direito do ataque londrino seu território. Foi titular com José Mourinho e com o holandês Guus Hiddink, marcando 21 gols e dando passe para outros 22 em 149 partidas. Com Conte, as coisas pareciam que continuariam iguais.
O ex-Corinthians foi titular em cinco das primeiras seis partidas do time no Campeonato Inglês. Mas desde os 3 a 0 para o Arsenal, só começou dois jogos, um deles pela Copa da Liga Inglesa, em que o Chelsea entrou com time misto. A explicação para isso é justamente o esquema de Conte.
No 4-3-4, são necessários dois jogadores de lado de campo, um mais defensivo, fazendo a ala, outro mais ofensivo, fazendo a ponta. Willian pode fazer as duas funções, mas fica no meio-termo em ambas. Na ala direita, em que Moses vem sendo elogiado pela imprensa inglesa, falta capacidade de marcação.
Na ponta, é justamente o oposto: Conte vem usando mais o espanhol Pedro na função. Formado nas categorias de base do Barcelona como atacante, ele é muito mais agudo do que o brasileiro, buscando a finalização muito mais do que o passe. O brasileiro, meia de origem, acaba sendo pouco ofensivo para o que o italiano busca. Com informações da Folhapress.
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