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Maradona: 'Fidel Castro foi como um pai para mim'

Ao saber da morte do líder revolucionário, que foi anunciada pelo irmão do cubano, Raúl, neste sábado (26), Maradona expressou sua tristeza

Maradona: 'Fidel Castro foi como um pai para mim'
Notícias ao Minuto Brasil

13:46 - 26/11/16 por Notícias Ao Minuto

Esporte Lamento

O ex-jogador Diego Maradona e o ex-presidente de Cuba Fidel Castro tiveram uma relação próxima de amizade e de admiração recíproca, o que resultou em muitas visitas do ex-craque argentino a Cuba.

Por isso, ao saber da morte do líder revolucionário, que foi anunciada pelo irmão do cubano, Raúl, neste sábado (26), Maradona expressou sua tristeza dizendo que o ex-mandatário foi como um "pai" para ele.

"Fidel Castro foi como um segundo pai para mim [...] e os anticastristas que estão festejando, quase dão nojo", comentou o argentino em entrevista à emissora "TYC" em Zagrebe, na Croácia, onde assistiu à partida de tênis entre Croácia e Argentina. Castro e Maradona se conheceram em 1987, quando o argentino visitou a ilha pela primeira vez, e, desde então, os começaram a ter vários encontros.

O ex-craque, que na época estava em seu auge no futebol, não escondia sua admiração ao líder e à Revolução Cubana. A admiração e o afeto eram tão grandes que o jogador tatuou o rosto de Castro na panturrilha direita e o do revolucionário cubano Che Guevara em um dos braços. "Eles são os maiores da história", chegou a dizer Maradona uma vez.

As visitas do argentino a Cuba só aumentaram com os anos e, em 2000, o ex-presidente convidou e conseguiu convencer o ex-craque a ingressar na clínica para dependentes químicos La Pedrera.

"Fidel, se aprendi alguma coisa com o passar dos anos de uma sincera e bela amizade é que a lealdade não tem preço", disse Maradona ao líder em um dos encontros. O "Comandante", como é chamado o ex-líder pela população cubana, também escreveu para o ex-jogador, como a carta enviada ao ex-craque em 11 de janeiro do ano passado, na qual afirmava que os boatos de sua morte eram falsos.

"Eu o levo [Fidel] no coração e, todos os dias quando eu levo uma vela a minha esposa, também estou pensando em você. Nos vemos quando eu voltar a Cuba. [...] Eu lhe perguntei: por que te matam todos os dias? E ele me respondeu: um dia vão acertar", disse Maradona ao jornalista argentino Víctor Hugo Morales. (ANSA)

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