E-mails comprometedores escritos pelo ex-jogador de futebol e embaixador da Unicef, David Beckham, foram divulgados por hackers nesta sexta-feira (3). As mensagens vazadas pelo site "Football Leaks" mostram que ele teria usado o seu trabalho na organização de caridade para angariar o título de “Knighthood”, atribuído pela rainha Elizabeth II a personalidades que se destacam em trabalhos artísticos ou em causas sociais.

A imprensa internacional ressaltou a obsessão de Beckham pela honraria. Uma fonte contou ao jornal inglês "Daily Mail" que o trabalho social era usado pelo ex-jogador para promoção pessoal. “As causas humanitárias foram apenas um trampolim para seus assuntos pessoais e para projetar sua imagem entre os anunciantes”, disse.

Em uma das mensagens vazadas ele critica a entrega de um outro título à cantora Katherine Jenkins e diz que ela era usuária de cocaína: “Para quê ela recebeu o título? Para cantar em partidas de rugby e depois ver as tropas tomarem Coca-Cola? Que brincadeira de mer**!”, escreveu Beckham.

Em outra mensagem, ele contou que gastou 6.685 libras dos fundos humanitários (cerca de R$ 26 mil) num voo de classe executiva para um evento na Ásia, embora seus patrocionadores tenham oferecido um jato particular.

Os documentos mostram também que Beckham teria se negado a investir R$ 1 milhão de dólares num jantar da Unicef em Xangai, na China. “Não quero colocar meu dinheiro pessoal nesta causa”, escreveu. “Derramar este milhão no fundo seria como colocar meu próprio dinheiro lá dentro. Se não houvesse fundo, o dinheiro seria meu”, disse.

Outro e-mail mostra uma foto de um laptop banhado a ouro que Beckham queria postar no Instagram, mas um amigo o aconselhou a não postar, pois ia contra a imagem dele de "homem do povo" e também que "os idiotas" iriam dizer que eles estavam "ostentando".

No mesmo dia em que os e-mails foram divulgados, porta-vozes de Beckham negaram as acusações. Eles alegam que as mensagens foram editadas.

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