Deputados que fiscalizaram estádio do DF estão na Lava Jato
Sete parlamentares que integraram subcomissão não viram nada de errado nas obras; PF apontou superfaturamento de R$ 900 milhões
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Esporte Mané Garrincha
A Operação Panatenaico, deflagrada nesta terça-feira (23) pela Polícia Federal, colocou atrás das grades dois ex-governadores do Distrito Federal e um assessor do presidente Michel Temer. A investigação teve como alvo a reforma do estádio Mané Garrincha, utilizado na Copa do Mundo de 2014. Estima-se que houve um superfaturamento de R$ 900 milhões.
Durante as obras, segundo informações do UOL, a Câmara dos Deputados criou a “Subcomissão Permanente para Acompanhamento, Fiscalização e Controle dos Recursos Públicos destinados à Copa de 2014”, formada por 16 parlamentares, que tinham, por sua vez, o objetivo de fiscalizar as reformas da arena. O grupo não encontrou nada de errado nas obras, incluindo o estádio Mané Garrincha.
De acordo com a reportagem, sete deputados dessa subcomissão foram citados nas delações premiadas da Lava Jato, com nomes ligados a Eduardo Cunha (PMDB) e Renan Calheiros (PMDB), por exemplo. Os parlamentares citados e escalados pela Câmara são: Anibal Gomes (PMDB/CE), Candido Vacarezza (PT/SP), Carlos Willian (PTC/MG), João Magalhães (PMDB/MG), Simão Sessim (PP/RJ), Solange Almeida (PMDB/RJ), Wellington Roberto (PR/PB).
A subcomissão trabalhou durante dois anos. Ao todo, foram 22 encontros e 14 viagens. No site da Câmara dos Deputados, nenhum relatório é mencionado. Hoje a Polícia Federal investiga o superfaturamento das obras de reformas.