Quarto melhor visitante, Galo analisa pontos para insucesso no Horto
O time de Roger Machado tentava vencer pela 13ª vez consecutiva no estádio, algo que nem mesmo time de 2012/2013 conseguiu fazer
© Bruno Cantini / Atlético
Esporte Atlético-MG
Quando recebeu o Fluminense, pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro, o Atlético-MG buscava um recorde no Independência. O time de Roger Machado tentava vencer pela 13ª vez consecutiva no estádio, algo que nem mesmo time de 2012/2013 conseguiu fazer. Porém, o time mineiro perdeu por 2 a 1, o que derrubou a invencibilidade no Horto nesta temporada e iniciou um período de maus resultados como mandante.
Historicamente forte dentro de casa, o Atlético tem feito o inverso neste Brasileirão. O time vai muito bem fora de casa, enquanto patina no Independência. Com o triunfo por 2 a 1 sobre o Atlético-GO, de virada, em Goiânia, o time alvinegro chegou a 12 pontos conquistados longe de Belo Horizonte. É a quarta melhor campanha como visitante, atrás apenas de Corinthians (16), Grêmio (13) e Flamengo (13).
Já em casa, a força que o Atlético mostrou em anos anteriores no Brasileirão, parece não existir mais. Pelo menos pouco apareceu nas primeiras sete partidas que disputou como mandante, com apenas dois triunfos e oito pontos conquistados no total, o que faz do time de Belo Horizonte a quarta pior campanha em casa. "Se a gente analisar o insucesso dentro de casa, tem mais de um motivo. Os adversários se fecham e jogam no contra-ataque. Mas temos de fazer bem feito aquilo que nós sabemos fazer e conseguir a vitória", comentou o técnico Roger, que nesta semana vai comandar o Atlético em dois jogos em casa, contra Bahia e Vasco.
Puxando pelas declarações do treinador e também dos jogadores, é possível apontar alguns pontos que resultaram em derrotas ou empates como mandante. O consenso é que os adversários sempre jogam bastante fechados quando visitam o Atlético no Independência.
"Quando jogamos em casa, as equipes jogam fechadas, explorando os contra-ataques. Infelizmente não estamos fazendo os gols quando criamos as chances. Mas agora são dois jogos em casa, partidas primordiais para as nossas pretensões no Brasileiro", disse o zagueiro Gabriel, que quer ver o Atlético encontrando uma fórmula para superar os próximos adversários, que devem vir também retrancados."A gente sabe que eles vão vir fechados, como todos os outros. Temos de arrumar uma solução, pois não estamos conseguindo os resultados. Mas a partir desta quarta, vai ser uma nova história no Horto".
PRESSÃO
Para Fred, o problema do Atlético no Independência não está apenas dentro de campo. Ao comparar o desempenho melhor como visitante em relação à campanha como mandante, o centroavante cita a cobrança da torcida por um time que pressione o adversário o tempo. Na visão de Fred, essa equipe de 2017 não tem essa característica de jogo, como o clube ficou marcado nos anos anteriores.
"Nosso time está com mais tranquilidade fora de casa. Temos um time mais técnico e no Independência o torcedor quer que a gente jogue a mil os 90 minutos. Algumas vezes a gente trabalha mais a bola e o torcedor reclama, pois isso é tradição do clube. A gente tem entrado nessa pilha do torcedor, querendo fazer de qualquer jeito. E as coisas não estão saindo como a gente espera. Vamos ver se a gente coloca esse ritmo que eles querem e saber cadenciar com a nossa qualidade, nas horas certas", disse o camisa 9 do Galo em entrevista à "Rádio 730" de Goiânia.
RESULTADO E DESEMPENHO
Com dois jogos por fazer como mandante, contra o Bahia, nesta quarta-feira (19), e contra o Vasco, no domingo (23), o Atlético sonha com uma sequência de vitórias. Algo que o time ainda não conseguiu nesta edição do Brasileiro. O recorde, por enquanto, é de apenas dois triunfos seguidos, quando bateu Chapecoense e Cruzeiro.
Para o técnico Roger Machado, o que tem faltado ao Atlético é conseguir conciliar boas atuações com resultados. Ou seja, aproveitar as chances criadas durante os jogos. Algo que ficou bem nítido nos jogos com Botafogo e Santos, quando o time mineiro criou muitas oportunidades, mas somou apenas um ponto nas duas partidas.
"A irregularidade é em relação ao resultado. Contra Botafogo e Santos foram atuações para vitória. Faltava ter o casamento do resultado com o desempenho. O nosso segundo tempo contra o Atlético-GO foi superior ao primeiro tempo do adversário. Então a gente quer essa regularidade, engatar três, quatro vitórias seguidas, pois sabemos o reflexo que isso tem na competição". Com informações da Folhapress.