Romário diz que Jucá e Renan o atrapalharam na CPI do Futebol
O relatório do ex-jogador não foi aprovado no Senado, ao contrário do apresentado pelo peemedebista
© Edilson Rodrigues/Agência Senado
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O relatório feito por Romário na CPI do Futebol não foi aprovado Senado como texto final, em votação ocorrida no fim do ano passado. O documento aceito na CPI foi o do senador Romero Jucá (PMDB), que não pediu nenhum indiciamento como resultado das investigações sobre contratos e negociações da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e seus dirigentes. Só que o material produzido pelo ex-jogador não ficou na gaveta. O Baixinho reuniu tudo o que investigou e decidiu transformar em um livro, que recebeu o título “Um Olho Na Bola, Outro No Cartola: o Crime Organizado No Futebol Brasileiro”, publicação lançada no último sábado (2), no Rio de Janeiro.
Em entrevista ao jornal “El País”, Romário disse que os senadores Romero Jucá e Renan Calheiros o atrapalharam em seu objetivo de denunciar a “sujeira” presente no futebol brasileiro.
“Tanto Romero quanto o Renan Calheiros [ex-presidente do Senado] foram peças-chave para que não pudéssemos dar um prosseguimento melhor à CPI. A atuação deles atrapalhou bastante na hora de aprovarmos o relatório. Apesar de o relatório do Jucá não ser o pior do mundo, tem até alguns pontos positivos, o ideal seria aprovar os dois relatórios: o dele e o meu. Infelizmente perdemos naquele dia. Meu relatório contrariava o que 90% dos senadores daquela CPI queriam. Mas é o que fez mais barulho. Enviamos o material para a FIFA, FBI, Suíça, Espanha, STF, STJ, Polícia Federal, Ministério Público… Todo mundo ganhou de presente. Eu fiz 1.002 gols. Esse [relatório da CPI] foi meu milésimo terceiro gol. É uma das minhas grandes realizações no parlamento. Fico feliz que Polícia Federal e Ministério Público começaram a esmiuçar as denúncias. Acredito que a partir daí esses dirigentes finalmente serão presos”, declarou o Senador e ex-camisa 11 da seleção brasileira.
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