Santos joga mal, perde na Vila Belmiro e dá adeus à Libertadores
A vergonha foi completa quando Bruno Henrique foi expulso por cuspir no rosto de Díaz
© Paulo Whitaker/REUTERS
Esporte SANTOSxBARCELONA
Com futebol abaixo da crítica, o Santos foi eliminado da Taça Libertadores nesta quarta-feira (20). Mais consciente em campo e com plano de jogo eficiente, o Barcelona do Equador venceu por 1 a 0 na Vila Belmiro e avançou para as semifinais -vai enfrentar o Grêmio.
Levir Culpi surpreendeu pela cautela. Sem poder contar com o meia Lucas Lima, lesionado, abriu mão de Jean Mota, colocou o argentino Vecchio na armação e escalou dois volantes que só sabem marcar: Alisson e Leandro Donizete.
O raciocínio do treinador era que o contra-ataque seria a grande arma do Barcelona. Como atuaria pelo 0 a 0, ele não daria essa chance aos equatorianos. Se havia certa lógica no pensamento, esta não foi vista em campo. O Santos foi um fiasco.
Damian Díaz dominou o meio-campo e tinha liberdade para receber passes e acionar os atacantes. Três vezes a bola cruzou a área brasileira à espera de um desvio para o gol, que não aconteceu.
O Santos era um punhado de jogadores apáticos. Daniel Guedes começou bem mas depois de levar cartão amarelo, sumiu. Bruno Henrique errou passes. Copete não acertou uma jogada. Leandro Donizete, Alisson e Vecchio pouco fizeram.
O Santos tinha a bola aérea. Assim criou a melhor chance antes do intervalo, uma cabeçada de David Braz no travessão.
MAIS DO MESMO
O que quer que Levir Culpi tenha dito para os seus jogadores no vestiário, não funcionou. O Santos continuou mal em campo, afobado e sem conseguir prender a bola no ataque.
Mais experiente e sem se incomodar com a Vila, o Barcelona jogava com calma, na certeza de que o gol chegaria. Fé que ficou mais forte a partir da entrada de Ayoví. Aberto pelas pontas, ele não deu sossego a Zeca.
O treinador santista tentou consertar seus erros na escalação. Tirou Vecchio e colocou Jean Mota. Depois desfez outro equívoco e abriu mão dos dois volantes. Kayke entrou no lugar de Leandro Donizete. Quando isso aconteceu, a situação do Santos na Libertadores era crítica.
Assim como já havia feito em Guayaquil, o uruguaio Álvez aproveitou erro de posicionamento da zaga em cruzamento e desviou para o gol.
Minutos depois, o atacante foi expulso. Mas o Santos não teve capacidade para aproveitar. Não colocou a bola no chão. Apostou em cruzamentos que, quando aconteceram, não tiveram direção.
Sofrer um gol para os donos casa, diante do futebol apresentado, era o mesmo que levar cinco. Não havia força para buscar o empate que levaria a decisão para os pênaltis. A equipe não conseguia criar chances de gol.
A vergonha foi completa quando Bruno Henrique foi expulso por cuspir no rosto de Díaz. Por reagir, Marques também recebeu o vermelho.
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Levir deu a última cartada. Uma substituição que dava noção do seu desespero, falta de alternativas e imaginação para mudar a desclassificação que parecia certa. Colocou o zagueiro argentino Fabián Noguera, de 1,93m, para atuar como centroavante.
A esperança era que ele salvasse o Santos em uma jogada aérea. Foi Lucas Veríssimo quem quase conseguiu em lance em que se atrapalhou na pequena área. No fim, os santistas reclamaram -com razão- dos quatro minutos de acréscimos dados pelo árbitro peruano Victor Carrillo. Foi pequeno o tempo adicionado. Menor que este, só o futebol do Santos. (Folhapress)