Suborno por votos na Rio-2016 passou por banco francês
De acordo com documentos obtidos pelo jornal "New York Times", o Société Générale pode ter infringido regras de lavagem de dinheiro no país
© Atsushi Tomura/Getty
Esporte UNFAIR PLAY
Um banco francês foi traçado por procuradores do país como envolvido na transferência milionária utilizada como suborno para a eleição do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos de 2016. De acordo com documentos obtidos pelo jornal "New York Times", o Société Générale pode ter infringido regras de lavagem de dinheiro no país.
+ Paulo André ganha ação contra o Corinthians em 2ª instância
Um pagamento feito pelo empresário brasileiro Arthur Cesar de Menezes Soares Filho foi rastreado a contas do Société Générale do senegalês Papa Massata Diack, filho de Lamine Diack, presidente da Iaaf (Associação Internacional de Federações do Atletismo) até 2015. Tal movimentação financeira ocorreu dias antes da definição, em 2009, que o Rio de Janeiro seria a sede da Olimpíada de 2016.
O banco negou ilegalidades nos procedimentos realizados em suas contas. "O grupo considera a luta contra corrupção e lavagem de dinheiro como uma prioridade máxima", disse, em comunicado, ao "New York Times".
A investigação busca saber se a tentativa de transferência a Papa Massata Diack ocorreu dentro das leis.
As informações têm relação com as investigações da Polícia Federal a respeito da compra de votos e pagamento de propinas na escolha do Rio de Janeiro como sede da Olimpíada de 2016.
A operação Unfair Play é um desdobramento da Lava Jato e veio a público último dia 5 de setembro, quando a PF cumpriu um mandado de busca e apreensão na casa de Carlos Arthur Nuzman, presidente do COB (Comitê Olímpico do Brasil). Com informações da Folhapress.