Ex-presidente do COB também é alvo da operação que prendeu Nuzman
Richer foi atleta de remo, e participou da Olimpíada de Melbourne-56 e dos Jogos Pan-Americanos de Chciago-59
© REUTERS/Sergio Moraes
Esporte UNFAIR PLAY
As investigações contra o presidente do COB (Comitê Olímpico do Brasil), Carlos Arthur Nuzman, também miram seu antecessor na entidade. Um dos mandados de busca e apreensão expedidos pelo juiz Marcelo Bretas estão ligados a endereços de André Gustavo Richer, atualmente vice-presidente da entidade.
Richer presidiu o COB entre 1990 e 1995, quando trocou de posto com o seu então vice-presidente Nuzman. O atual mandatário do esporte nacional foi preso nesta quinta-feira (5), sob suspeita de ter comprado votos para a escolha do Rio como sede da Olimpíada de 2016.
Durante a Operação "Unfair Play", há um mês, a Polícia Federal apreendeu um contrato de mútuo (empréstimo) firmado em maio de 2017 entre Richer e Nuzman de R$ 100 mil.
Há ainda um contrato de comodato firmado em que Richer disponibiliza um imóvel em Ipanema para Nuzman por três anos, assinado em abril.A Procuradoria afirma que "tais contratos causam estranheza, ainda mais diante do contexto de práticas criminosas investigadas envolvendo o COB e seu presidente". O juiz Marcelo Bretas autorizou busca e apreensão em endereços ligados a Richer.
Richer foi atleta de remo, e participou da Olimpíada de Melbourne-56 e dos Jogos Pan-Americanos de Chciago-59. Atua como dirigente esportivo desde 1978, quando chefiou a delegação brasileira na Copa do Mundo da Argentina. (Folhapress)