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Sem Nuzman, ex-comandante do judô nacional vai administrar o COB

A Polícia Federal prendeu Nuzman e Leonardo Gryner, seu braço direito no comitê organizador da Rio-16

Sem Nuzman, ex-comandante do judô nacional vai administrar o COB
Notícias ao Minuto Brasil

14:45 - 05/10/17 por Folhapress

Esporte UNFAIR PLAY

Durante os cinco dias de prisão preventiva de Carlos Arthur Nuzman, o COB (Comitê Olímpico do Brasil) será comandado por seu vice-presidente, Paulo Wanderley Teixeira.

+ COI admite tomar medida contra Nuzman, preso nesta quinta-feira

De acordo com o estatuto do COB, sempre que há vacância do presidente os imediatos são o vice e, na sequência, o secretário-geral (Sérgio Lobo).

Potiguar radicado no Espírito Santo, Teixeira comandou a CBJ (Confederação Brasileira de Judô) por quase 16 anos, e nela conquistou projeção.

Em seus mandatos, os judocas do país conquistaram 12 medalhas em Jogos Olímpicos e 30 em Campeonatos Mundiais.

Wanderley fez a aliança Nuzman para chapa única que venceu a eleição para a presidência do COB em abril de 2016. Seis meses depois, a chapa foi vencedora e ele foi alçado ao posto de vice-presidente da entidade.

A intenção inicial de Nuzman era fazer com que seu aliado o sucedesse no próximo pleito para o comitê, que ocorrerá após os Jogos Olímpicos de Tóquio. Mas as circunstâncias fazem com que ele já toque o dia a dia do órgão. O expediente já ocorre durante viagens ou ausências do mandatário.

Nuzman também está envolvido com a liquidação do Comitê Organizador dos Jogos do Rio, que acumula dívidas superiores a R$ 120 milhões. Sem ter para onde recorrer, a dívida deve se tornar impagável.

O prazo estabelecido em estatuto para o encerramento do comitê organizador é 2023.

A Polícia Federal prendeu Nuzman e Leonardo Gryner, seu braço direito no comitê organizador da Rio-16. Os dois são suspeitos de atuarem na compra de votos para a escolha da cidade para sediar os Jogos Olímpicos.

A operação é um desdobramento da Operação "Unfair Play", que investiga a compra do voto do senegalês Lamine Diack por US$ 2 milhões. O empresário Arthur César Soares de Menezes, foragido há um mês, foi o responsável por pagar a quantia semanas antes da escolha, em outubro de 2009, em Copenhague, de acordo com as investigações. Com informações da Folhapress. 

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