Prisão é medida 'dura e não usual', diz defesa de Nuzman
A defesa de Nuzman aguarda ainda o julgamento do habeas corpus impetrado no Tribunal Regional Federal
© REUTERS / Ricardo Moraes (Foto de arquivo)
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O advogado Nélio Machado, que defende o presidente do COB (Comitê Olímpico do Brasil), Carlos Arthur Nuzman, afirmou que a prisão temporária de seu cliente é "dura e não usual".
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Ele disse que o dirigente é inocente da suspeita de compra de votos de membros do COI (Comitê Olímpico Internacional) para a eleição do Rio como cidade-sede da Olimpíada de 2016.
"A defesa responderá ponto por ponto, item por item todos os pontos com convicção absoluta de que é uma acusação destituída de fundamento, de respaldo e base", afirmou Machado.
Segundo o advogado, o patrimônio de Nuzmam também "está compatível com seus ganhos". O cartola declarou à Receita ter R$ 8,4 milhões em bens em 2014, o dobro dos R$ 4,2 milhões do ano anterior.
"Essa é uma discussão de mérito, que pouco tem a ver com uma prisão sem a formalização de um processo penal", disse Machado.
A defesa de Nuzman aguarda ainda o julgamento do habeas corpus impetrado no Tribunal Regional Federal buscando a anulação da investigação. Ela alega principalmente que corrupção privada não é crime no Brasil.
O Ministério Público Federal afirma que Nuzman fez a "ponte" entre membros do COI e o esquema de corrupção do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), que causou prejuízo aos cofres públicos.
A defesa de Leonardo Gryner não retornou ao contato da reportagem. Com informações da Folhapress.