Prisão preventiva de Nuzman é decretada por tempo indeterminado
Pedido do MPF alegava que o presidente afastado do COB poderia interferir na produção de provas, caso ficasse em liberdade
© Reuters / Paul Childs (Foto de arquivo)
Esporte UNFAIR PLAY
Após pedido do Ministério Público Federal, a prisão preventiva de Carlos Arthur Nuzman, presidente afastado do Comitê Olímpico Brasileiro, foi decretada nesta segunda-feira (9). A decisão foi anunciada pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio.de Janeiro. Ele estava preso desde a última quinta-feira (5), como prisão temporária fruto da Operação Unfair Play, que investiga a compra de votos das Olimpíadas 2016.
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Segundo informações do G1, a prisão temporária do presidente afastado terminaria nesta segunda (9), motivo pelo qual o MPF do Rio de Janeiro entrou com o pedido de prisão preventiva, para que a medida fosse estendida sem prazo determinado. Os procuradores teriam alegado que Carlos Nuzman poderia interferir na produção de provas, caso ficasse em liberdade
O despacho do juiz afirma que "na fase atual da investigação, o MPF apresenta robustos elementos de prova em relação a Carlos Nuzman, que vão além da mera colaboração e já indicam a prática do delito de pertinência à organização criminosa".
Leonardo Gryner, ex-diretor do COB e do Comitê Rio 2016, também suspeito de envolvimento no esquema de compra de votos para a escolha do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos, deve ficar preso por mais cinco dias. A extensão da prisão temporária de Gryner também foi decidida pelo juiz Marcelo Bretas, alegando que ainda existe "grande quantidade de informações contidas em documentos e aparelho celular pendentes de análise".