Após assalto, Mercedes receberá escolta policial até o fim do GP Brasil
Episódio foi descrito como "assustador" pelo chefe da escuderia
© REUTERS/Paulo Whitaker
Esporte GP
A Mercedes contará com escolta policial e seus integrantes só deixarão o autódromo de Interlagos em comboio neste sábado (11) e domingo (12), dois últimos dias do GP Brasil de F-1.
A medida foi solicitada pela equipe após oito mecânicos e engenheiros serem assaltados quando deixavam o circuito na noite de sexta-feira (10). O roubo aconteceu na Avenida Interlagos, por volta das 20h.
O veículo que leva o estafe da escuderia alemã foi abordado por ladrões que chegaram em um Volkswagen Polo, de cor prata.
O episódio foi descrito como "assustador" pelo chefe da escuderia, o austríaco Toto Wolff, que não estava na van assaltada.
"Você nunca espera que vá acontecer algo deste tipo. Por sorte não aconteceu nada com ninguém, mas estão todos muito assustados, porque eram homens armados", afirmou.
"A partir de agora teremos escolta para evitar que isso se repita", completou.
De acordo com Wolff, os integrantes do time tiveram roubadas mochilas, telefones celulares, relógios e passaportes. O motorista também teve seus pertences levados.
Segundo postagem de Lewis Hamilton em seu twitter, os ladrões dispararam tiros durante o assalto.
"Alguns integrantes do meu time foram abordados por homens armados quando deixavam o circuito no Brasil. Tiros foram disparados, e armas foram apontadas para a cabeça de alguns. É muito desapontador ouvir isso. Por favor rezem por meus companheiros que são profissionais e estão abalados", escreveu o piloto.
Ao menos três agentes da Polícia Civil estiveram no circuito na tarde deste sábado para coletar mais informações sobre o assalto e darem prosseguimento às investigações. Um boletim de ocorrência deve ser feito o quanto antes, embora os policiais tenham preferido não fornecer mais informações.
Um carro com três funcionários da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) e um motorista, que vinha logo atrás da van da Merecedes, conseguiu escapar pois era blindado.
Chefe de imprensa da entidade, Matteo Bonciani estava no veículo e relatou o incidente.
"Três homens bateram com a arma no vidro do carro. Mas o motorista foi espetacular e reagiu com profissionalismo e sangue frio. Por sorte não nos aconteceu nada", disse Bonciani.
"Venho aqui desde 2002 com a Ferrari e sempre soube destas coisas. Mas é a primeira vez que acontece comigo", afirmou.
Em 2010, o piloto Jenson Button, à época na McLaren, foi vítima de uma tentativa de assalto quando retornava ao seu hotel. O motorista de seu veículo, porém, conseguiu escapar.
A SSP (Secretaria de Estado da Segurança Pública), subordinada ao governo Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou, por meio de nota, que "o patrulhamento no entorno do Autódromo de Interlagos foi reforçado" para o Grande Prêmio do Brasil e que "cerca de 700 policiais estão no local em equipes de rondas com motocicletas, do Comando de Choque, como as Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) e dos batalhões da área." (Folhapress)