Grêmio teme violência em jogo final na Argentina; torcida terá escolta
Jogo contra o Lanús ocorre na próxima quarta-feira (29)
© Lucas Uebel/Grêmio FBPA
Esporte Libertadores
O Grêmio teme encarar um cenário completamente hostil e com viés violento no segundo jogo da final da Libertadores, diante do Lanús-ARG, na próxima quarta-feira (29). Segundo o clube gaúcho, os relatos de maus-tratos a torcedores argentinos são improcedentes e servem apenas para acirrar os ânimos às vésperas do duelo no estádio La Fortaleza. A diretoria ainda declarou que tem tomado medidas de segurança para o deslocamento do time.
Grêmio e Lanús fecharam acordo para liberar grande número de torcedores visitantes nos dois jogos da final. Em Porto Alegre foram quatro mil argentinos. Na Argentina serão cinco mil gremistas. Mas os episódios da primeira partida tumultuaram o ambiente.
Segundo o jornal "Olé", os torcedores do Lanús passaram por problemas no deslocamento até o estádio. Além de terem recebido maus-tratos da Brigada Militar após a partida vencida pelo Grêmio. O periódico ainda noticiou que o clube 'granate' prestou queixa junto à Conmebol.
A linha é muito tênue entre normalidade e eventos que desencadeiem violência. Nós queremos ir à Argentina, vamos enfrentar um ambiente contrário por ser no campo adversário. Mas qualquer tentativa de criar clima hostil, qualquer ideia de intimidar o Grêmio, é lamentável. O relato da Brigada Militar é que vieram 98 ônibus da Argentina e não houve nenhum incidente sequer. Não houve relato de alguém agredido, briga ou algo assim. Houve eventos, senão me engano, com 13 ônibus sem dano maior. Talvez um vidro trincado ou amassado na lataria. Não houve nenhuma lesão. Querer dizer que a torcida do Lanús foi recebida com violência é uma mentira. E é uma forma de criar clima hostil lá", disse Odorico Roman, vice de futebol.O Grêmio divulgou o plano logístico para os 5 mil torcedores que irão a Buenos Aires acompanhar a decisão. Após acordo com as autoridades argentinas, o clube gaúcho informou que haverá uma concentração na região de Puerto Madero antes do deslocamento para o estádio La Fortaleza, com escolta policial.
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A sugestão tem como principal motivo a segurança dos torcedores e um trabalho mais fácil para a polícia local, que terá a responsabilidade de guiar um grande grupo de pessoas, em vez de vários grupos menores dispersos. O clube também orientou que a torcida se organize para ir ao estádio em vans ou ônibus, evitando o uso de carros para o deslocamento com escolta.
A viagem de Puerto Madero a Lanús, onde será realizada a final da Libertadores, deve levar cerca de 90 minutos. O percurso total é de aproximadamente 20 quilômetros.
Grêmio e Lanús-ARG se enfrentam na quarta-feira (29), às 21h45 (Brasília). O Tricolor pode até empatar que fica com o título. Se o time argentino vencer por placar mínimo o jogo vai para a prorrogação. Persistindo igualdade, a taça será definida nos pênaltis. Com informações da Folhapress.