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Aliado de Andrés Sanchez liberou anistia a sócios corintianos

Em situação normal, sócio inadimplente há mais de um ano teria que pagar entre R$ 800 e R$ 1.100 para reativar título; com desconto, valor caiu quase 50%

Aliado de Andrés Sanchez liberou anistia a sócios corintianos
Notícias ao Minuto Brasil

07:34 - 09/12/17 por Folhapress

Esporte Eleições

A anistia dada pelo Corinthians a sócios, que habilitou cerca de 850 pessoas a votar na eleição de fevereiro, foi determinada por Eduardo Caggiano, diretor administrativo. Ele também assinou documento como coordenador de campanha de Andrés Sanchez, candidato à presidência do clube alvinegro.

A anistia deveria ser avalizada pelo secretário geral Antônio Jorge Rachid Júnior, mas ele se recusou a fazê-lo por considerá-la ilegal.

"Não fui consultado, se fosse não autorizaria. A ordem veio de cima, da diretoria", disse Rachid à reportagem.

Caggiano enviou e-mail em 1º de dezembro comunicando a anistia. Três dias depois, assinou o protocolo de inscrição eleitoral da chapa de Sanchez. A reportagem teve acesso aos dois documentos.

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Sanchez afirma que Caggiano, na verdade, está à frente de uma das chapas de 25 candidatos ao conselho deliberativo que o apoiam.

Em situação normal, o sócio inadimplente há mais de um ano teria que pagar entre R$ 800 e R$ 1.100 para reativar o título. Com o desconto, o valor caiu para R$ 450 no plano individual e R$ 600 no familiar.

Nos dois casos, o associado precisaria quitar também a mensalidade de janeiro (entre R$ 120 e R$ 170).

A iniciativa não está de acordo com o estatuto do clube, que proíbe "anistia financeira aos associados no período de 12 meses anteriores à AG [Assembleia Geral], bem como parcelamento de débito no período de três meses anteriores à AG".

Em conversas com candidatos a presidente, a diretoria rejeitou a palavra anistia e disse ser um "desconto". De acordo com o artigo 107 do Código Penal, anistia é forma de extinguir a punibilidade de uma infração cometida.

Apesar da determinação da diretoria, a quitação de janeiro não é obrigatória para participar da eleição. O estatuto do Corinthians diz que, para votar, o sócio deve estar em condição regular dois meses antes do pleito. Como as mensalidades vencem no dia 10 de cada mês, quem pagou novembro está apto, mesmo que depois fique inadimplente. A eleição está marcada para 3 de fevereiro de 2018.

O prazo de três dias para regularizar a situação de sócios provocou uma correria entre os presidenciáveis.

Andrés Sanchez, Antonio Roque Citadini, Felipe Ezabella, Paulo Garcia e Romeu Tuma Jr serão candidatos. Sanchez é o nome da situação. Seu grupo político, "Renovação e Transparência", está no poder desde 2007.

O próprio Antônio Rachid, aliado de Paulo Garcia, gravou áudio pedindo a associados inadimplentes comparecerem ao clube porque a situação seria resolvida. Na comissão eleitoral foram protocolados dois pedidos de investigação e que candidatos envolvidos em compra de votos sejam impugnados.

OUTRO LADO

O Corinthians diz que o assunto será tratado internamente e a comissão eleitoral vai se pronunciar após o processo. A reportagem pediu entrevista com Eduardo Caggiano, mas não foi atendida.

"Isso é problema da comissão eleitoral", disse o presidente Roberto de Andrade na última terça-feira (5).Sanchez afirma entender a iniciativa do clube, sem ser 100% favorável a ela:

"Estão tentando levantar dinheiro a mais, mas estão penalizando o sócio que pagou rigorosamente em dia." Com informações da Folhapress.

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