Fla pediu 'reforço máximo' de segurança antes de final
O ofício foi emitido no dia 7 de dezembro
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Esporte Sul-Americana
Uma das cenas que marcaram a final da Copa Sul-Americana, que aconteceu no último dia 13 no Maracanã, foi a violência causada quando um grupo de torcedores sem ingressos tentou invadir o estádio. Um documento emitido pelo Flamengo mostra que o clube estava preocupado e pediu, dias antes do jogo, que houvesse um "reforço máximo" na segurança.
De acordo com o G1, o ofício foi emitido no dia 7 de dezembro. Em uma reunião do Plano de Ação e Contingência foram definidos todos os detalhes acerca da segurança ao redor do Maracanã. Seriam 484 policiais: 310 do Gepe (sendo 250 dentro e 60 fora do Maracanã) e 174 do 6º BPM (Tijuca). No entanto, a informação oficial é de que seriam 650 policiais.
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A reportagem apurou que nesta reunião estiveram presentes membros do Flamengo, da Polícia Militar, da Guarda Municipal, da empresa Imply (que fez os ingressos)e da Federação de Futebol do Rio.
O informe onde se pede o reforço de segurança foi anexado a ata dessa reunião. Nele, lê-se: "o Flamengo reitera sua preocupação com eventual circulação de torcedores sem ingressos nas imediações do Maracanã e solicita o reforço máximo possível dos efetivos de segurança que atuarão na referida partida- além da possibilidade de ambulantes, flanelinhas e cambistas no local, fato este que pode gerar tumultos e danos".
Em nota, a Polícia Militar afirma que estavam presentes 650 PMs, dentro e fora do Maracanã, e lamentou as cenas de violência.
Leia:
"Sobre as imagens do circuito interno do Maracanã, a Polícia Militar reafirma que a sociedade precisa repensar que tipo de policiamento gostaria de ver em um grande evento como os jogos que ocorrem no estádio. É inadmissível interpretarmos com naturalidade cenas de selvageria de supostos torcedores. O problema vai muito além da Segurança Pública.
A Corporação mobilizou mais de 650 policiais militares, um efetivo muito maior do que o empregado em clássicos dos campeonatos Estadual e Brasileiro, como também da Copa do Brasil.
Vale lembrar ainda que o sistema de checagem de ingressos na "Last Mile" ficou impedido de ser realizado, uma vez que milhares de torcedores tinham validar seus ingressos, comprados através do programa sócio-torcedor, nos guichês do Maracanã. Tal medida inviabilizou a verificação prévia de quem tinha ou não ingresso, comprometendo de maneira indiscutível a segurança do evento."