Pilota de testes na F-1 diz ter batido para 'ganhar respeito'
Em entrevista à "BBC", Calderón disse que ainda existe a crença de que, por ser uma mulher, ela deixará o rival ultrapassar em uma disputa em alta velocidade
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Esporte Automobilismo
Pilota de testes da Sauber, a colombiana Tatiana Calderón afirmou existir preconceito por ser mulher no automobilismo e que já bateu de propósito para demonstrar agressividade. Em entrevista à "BBC", Calderón disse que ainda existe a crença de que, por ser uma mulher, ela deixará o rival ultrapassar em uma disputa em alta velocidade.
"Ainda existe [a crença] de que não pode ser competitiva com os homens, então você precisa provar novamente". Calderón detalha o acidente, que segundo ela, seria evitável. Ela diz que fazia o traçado corretamente, e que um piloto entrou perigosamente no caminho achando que ela frearia. Mas Calderón decidiu manter o traçado, se chocando com o outro carro.
"Houve algumas ocasiões onde eu pensei não vou mudar [o traçado] porque esta é a minha posição. O outro piloto não brecou, então nós batemos, mas foi a única maneira de ele entender isso, só por que eu sou uma mulher. Eu não vou dar o lugar para ele", acrescentou.
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"Às vezes é assim que tem que fazer para ganhar respeito". Na F-1, Calderón participará de testes na pista e em simuladores. A ideia é trabalhar com mecânicos da Sauber para desenvolvimento mecânico. As atividades acontecerão também em fins de semana de GP.
A colombiana relembra comentários que ouvia de pilotos: "Eles vinham até mim e diziam: 'Me lembro do dia em que você me ultrapassou e aquilo machucou o meu ego. Mas agora está Ok. Bom trabalho". Com informações da Folhapress.