Precisamos de mais gols como o marcado por Zlatan em Los Angeles
No último fim de semana, o atacante sueco Zlatan Ibrahimovic anotou uma pintura que deixou o mundo boquiaberto
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Esporte Opinião
Uma partida de futebol bem jogada, com equipes fortes taticamente e buscando a vitória a partir de entrosamento e inteligência, é algo maravilhoso de ver. Quem não gosta? Mas o que nós torcedores amamos mesmo é ver em campo arte, drible e ousadia.
Se estivesse vivo, o ex-craque Dener completaria 47 anos de idade nesta segunda-feira (2). Ele, que morreu de maneira precoce em um acidente de carro em 1994, teve tempo de mostrar seu talento com as camisas de Vasco e Portuguesa.
Uma vez, em uma entrevista, Dener disse: “Às vezes eu acho um drible bonito mais bonito do que um gol”.
Há por aí muitos torcedores que concordam com Dener. Porém, a verdade é que o futebol atual mudou bastante em relação ao passado. O talento individual e a coragem de “ousar” dentro de campo passou do segundo para o terceiro plano. Gols e vitórias seguem obviamente como objetivo principal.
Só que é possível jogar com objetividade, sem abrir mão do "fazer bonito". Além do talento, é claro, é preciso ter coragem. As bruxarias do aposentado Ronaldinho Gaúcho fazem falta, né?.
Zlatan Ibrahimovic, autor de uma verdadeira pintura em seu jogo de estreia pelo LA Galaxy, no último sábado (31), talvez seja o último craque destemido em atividade. O “leão sueco” jogou pouco mais de 20 minutos e marcou dois gols - um deles um GOLAÇO - que deram a vitória ao time dele por 4 a 3 sobre o LA FC, em Los Angeles. Obrigado por nos proporcionar isso, Ibra. Assista abaixo:
Em tempo, vale lembrar o golaço marcado pelo meia uruguaio Novick, na semana passada, na vitória de 2 a 0 do Cerro Porteño sobre o Deportivo Luqueño, pelo Campeonato Paraguaio.
Aos 14 do segundo tempo, o Cerro vencia por 1 a 0, e Jorge Rojas recebeu pela direita e entrou na área. O camisa 10 olhou para a esquerda e deu um toque preciso de calcanhar. Novick surgiu em velocidade, colocou a bola de letra entre as pernas de Marcos Gamarra e, com a canhotinha, guardou a pelota no ângulo direito da meta adversária. Veja:
Señores @FIFAcom no busquen más, les presentamos el Premio Puskas 2018 #CerroSomosTodos pic.twitter.com/nWI3AxlYYk
— Club Cerro Porteño (@CCP1912oficial) March 25, 2018
Não são apenas vitórias e títulos que colocam um jogador ou uma equipe na história. A seleção brasileira de 1982 é um exemplo disso. Não venceu aquela Copa do Mundo, disputada na Espanha, mas até hoje é lembrada pelas belas jogadas e pelos golaços marcados.
Concordo com a banda “O Rappa” naquela música que diz que o gol não precisa ser de placa, só precisa sair. Mas um golaço é sempre bom de se ver. As últimas duas semanas foram ótimas para os fãs de futebol.