Defesa volta a ser problema para o Atlético Mineiro no Brasileirão
Passadas nove rodadas, o Atlético já sofreu 13 gols
© Bruno Cantini / Atlético
Esporte Preocupação
Um número em especial tem causado muita preocupação para o torcedor do Atlético-MG desde o Campeonato Brasileiro de 2015, que é o de gols sofridos. Mesmo há três anos, quando terminou como vice-campeão, o clube teve uma das defesas mais vazadas na competição. Não foi diferente nas duas últimas edições e mais uma vez o clube mineiro já aparece no ranking entre os piores no quesito gols sofridos, após o empate em 3 a 3 com a Chapecoense, nesse sábado, no Independência.
Passadas nove rodadas, o Atlético já sofreu 13 gols. Somente a própria Chape (18) e o Vitória (15) levaram mais gols. Somente nas últimas duas partidas foram seis gols sofridos. Um ponto fora da curva, como descreveu o técnico Thiago Larghi, que promete ajustar a equipe para que a quantidade de gols sofridos não volte a ser um pesadelo para o atleticano.
"Acho que é um absurdo (seis gols sofridos em dois jogos). A gente vinha com umas das defesas menos vazadas do Brasil. Acontece que são situações de jogo. A gente pede muito para nossos jogadores evitarem as faltas e contra a Chapecoense a bola parada entrou, foram três gols assim. Em escanteio, de falta e de pênalti. Continuo acreditando muito no grupo, tenho minha parcela de culpa nisso, como líder. Vamos trabalhar para melhorar", prometeu o treinador.
Das nove partidas disputadas pelo Atlético, somente em duas o time deixou o campo sem sofrer gols, contra Corinthians e Cruzeiro. Um problema crônico, de longa data, mas que parece não incomodar a diretoria. Nos últimos, o setor defensivo do foi o que menos recebeu reforços. Desde Otamendi, que defendeu o clube no primeiro semestre de 2014, nenhum outro zagueiro contratado se firmou se ser questionado pela torcida.
E não tem sido diferente em 2018. Neste momento a dupla de zaga do time é formada por Gabriel e Bremer, dois jogadores revelados pelo clube. Então capitão e jogador com mais tempo de Atlético, desde janeiro de 2011, o zagueiro Leonardo Silva tem amargado o banco de reservas. Sua última aparição no Campeonato Brasileiro foi na quarta rodada, no empate em 2 a 2 com o São Paulo.
"É inadmissível e não podemos permitir isso. Coloco como erro coletivo. Foram seis gols que tomamos em erros nosso. Estávamos com uma defesa boa, mas infelizmente, por alguma coisa, falta de concentração ou falta de maturidade, passamos a sofrer gols. É conversar e observar o que acontecer, para corrigir todos os erros", comentou o centroavante Ricardo Oliveira, que viu seu time fazer cinco gols nas últimas duas partidas e conquistar apenas um ponto.
Para 2018, o Atlético contratou dois zagueiros, mas ambos são reservas. Iago Maidana chegou no começo da temporada e teve poucas oportunidades. São apenas cinco partidas até o momento, nenhuma no Campeonato Brasileiro. Enquanto Juninho chegou à Cidade do Galo no início de maio e ainda não estreou. O que deve acontecer nesta quinta-feira, contra o América-MG, pela 10ª rodada. Como o lateral esquerdo Fábio Santos está suspenso e o reserva Kevin ainda não é considerado pronto para jogar, Juninho deve atuar improvisado por ali. Com informações da Folhapress.