Há 68 anos, empate com a Suíça também complicou vida da seleção
Partida deste domingo terminou 1 a 1. Na Copa de 50, donos da casa entraram com obirgação da vitória no último jogo da fase de grupos
© Getty Images (Brasil 4 x 0 México, Copa de 1950)
Esporte Mundial
O empate com a Suíça jogou um balde de água fria na seleção brasileira. Mas não é a primeira vez que a seleção europeia, sem muita tradição no futebol, apesar de já ter sediado uma Copa (1954), joga uma pedra no caminho do Brasil.
A Copa de 1950, no Brasil, quase terminou antes para a seleção brasileira. Após uma estreia consistente contra o México, com vitória por 4 a 0 no Maracanã, diante de 81 mil pessoas, os jogadores do Brasil foram até São Paulo, para enfrentar a Suíça do jovem treinador Franco Andreoli, de apenas 35 anos.
No primeiro jogo, os europeus haviam perdido por 3 a 0 para a Iugoslávia, em partida realizada em Belo Horizonte, mas o Brasil, amplo favorito, não soube aproveitar a fragilidade do adversário e quase colocou em risco a classificação para o quadrangular final. Com o famoso ferrolho, a Suíça segurou a seleção e conseguiu um 2 a 2 no placar.
Na época, o sistema das Copas era diferente. Com quatro grupos, apenas o primeiro colocado de cada se classificava para a segunda fase, que era decidida por um grupo de quatro clubes que jogavam entre si.
Como Brasil e Iuguslávia venceram o primeiro jogo, cada um tinha dois pontos (na ocasião a vitória ainda não valia 3 pontos). O empate com a Suíça fez os donos da casa ficarem com 3 pontos, 1 atrás da Iugoslávia, que havia vencido sua segunda partida, contra o México.
O Brasil foi então pressionado para o Maracanã enfrentar os bálcãs. Um empate colocaria tudo a perder. Mas logo no início, aos 4'. Ademir Menezes abriu o placar para o Brasil. O atacante do Vasco viria a ser o artilheiro daquele Mundial, com incríveis 9 gols em 6 jogos. No meio do segundo tempo, Zizinho sacramentou a classificação brasileira: 2 a 0.
Apesar de quase desconhecida, a seleção suíça, que cruzou novamente o caminho do Brasil em uma Copa, quase colocou em risco a campanha do país em sua própria casa. Na fase final, goleadas de 7 a 1 e 6 a 1 sobre Suécia e Espanha, respectivamente, e a fatídica derrota por 2 a 1 para o Uruguai no jogo decisivo, no famoso Maracanazzo. Talvez uma derrota para a Suíça naquela partida tivesse evitado traumas maiores.