Rival do Brasil, México luta contra sina das oitavas de final da Copa
Foram quatro duelos, com três vitórias brasileiras e um empate
© REUTERS / Jason Cairnduff (Foto de arquivo)
Esporte Oitavas
Adversário da seleção brasileira na próxima fase da Copa do Mundo, o México precisará quebrar uma sina que dura desde os Estados Unidos, em 1994.
Nos últimos seis Mundiais, os mexicanos foram eliminados nas oitavas de final. A última vez que conseguiram ir além disso foi quando sediaram o torneio, em 1986. Pararam nas quartas de final.
Outra marca a ser quebrada pelo México é o fato de jamais ter vencido o Brasil na história das Copas.
Foram quatro duelos, com três vitórias brasileiras e um empate. A freguesia começou em 1950, no Mundial realizado no Brasil. Na fase de grupos, a seleção brasileira goleou o México por 4 a 0. Em 1954, uma nova goleada, desta vez por 5 a 0. O terceiro triunfo foi no Mundial de 1962: 2 a 0.
O encontro mais recente aconteceu novamente no Brasil, em 2014. Na fase de grupos, as seleções ficaram no 0 a 0, em jogo marcado por uma difícil defesa de Ochoa em cabeçada de Neymar.
A melhor lembrança dos mexicanos em confrontos com o Brasil foi nos Jogos Olímpicos de 2012, torneio com limitação de idade de 23 anos. Venceram a seleção que tinha Neymar e Thiago Silva na final por 2 a 1 e ficaram com a medalha de ouro.
O rival do Brasil na próxima segunda-feira (2) chegou ao mata-mata com a terceira pior defesa entre as 12 seleções já classificadas. Com quatro gols sofridos, estão empatados com Rússia e Portugal. Só Espanha e Argentina, com cinco, levaram mais gols.
Três vieram no revés para a Suécia, nesta quarta-feira (27), em Iekaterinburgo, por 3 a 0. Antes do revés na última rodada, os mexicanos bateram a Alemanha por 1 a 0 e a Coreia do Sul por 2 a 1.
"Era injusto ficar fora depois de duas vitórias, sendo que em outros grupos era possível passar com menos pontos. Nas outras duas partidas fomos muito bem. É melhor sofrer uma derrota como esta agora do que na próxima fase", afirmou o atacante mexicano Javier Hernández.
"A Suécia foi merecedora da vitória, mas isso é algo que segue. É uma Copa do Mundo e é uma boa lição para o que teremos em diante", afirmou o goleiro Guillermo Ochoa, que foi destaque do time nas duas primeiras rodadas.
O México é um time que costuma mudar bastante de um jogo para o outro graças ao rodízio de atletas promovido pelo técnico Juan Carlos Osorio, que dirigiu o São Paulo em 2015. Em 51 jogos, usou 50 escalações diferentes. A única vez que repetiu o esquema foi justamente no embate contra a Suécia.
Nesta Copa, o México tem se caracterizado por ser um time que aposta nos contra-ataques. Foi assim que surpreendeu a Alemanha na estreia, com jogadas pelas pontas.
Osorio só soube de seu adversário nas oitavas no fim da noite, após a seleção desembarcar em Moscou, onde está concentrada. Por isso, em sua entrevista coletiva, não fez nenhuma avaliação profunda sobre o Brasil.
"O rival para nós é indiferente. O mais importante é nossa equipe saber reagir de acordo com o que propõe cada jogo e as adversidades", disse o treinador.
O que ele sabe é que não poderá contar com o defensor Héctor Moreno, suspenso pelo segundo cartão amarelo. Com informações da Folhapress.