Após bater Brasil na defesa, Bélgica volta ao ataque contra França
Os jogadores falam em voltar a tentar dominar o jogo, mesmo antes de o técnico Roberto Martinez definir a escalação
© John Sibley/Reuters
Esporte Sistema
Em seu plano para a Copa 2018, a Bélgica montou um time treinado para ter a posse de bola e dominar o adversário. Houve uma adaptação diante do Brasil, com um sistema mais defensivo para conter o potencial de ataque da seleção. Contra a França, porém, os jogadores falam em voltar a tentar dominar o jogo, mesmo antes de o técnico Roberto Martinez definir a escalação.
A Bélgica tem um ataque poderoso, com um total de 14 gols em cinco jogos, e costuma dominar as partidas. Mas, contra o Brasil, trocou Mertens e Carrasco por Chadli e Fellaini, reforçando a marcação. Os brasileiros tiveram 57% de posse de bola, contra 43% dos belgas - que também concluíram bem menos a gol. Deu certo e a Bélgica venceu.
"Sabemos do poder do contra-ataque da França. O Roberto Martinez sempre nos treina para manter a posse de bola e é importante continuar isso. Contra o Brasil, mudamos o sistema de jogo. Vamos preparar o jogo contra a França", afirmou o meio-campista Chadli.A tendência é que Chadli jogue pela direita, na posição do suspenso Meunier.
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A questão é se ele vai atuar como lateral ou como meia pelo lado. Caso jogue como meia, a Bélgica volta ao seu tradicional 3-4-3, em vez da opção do 4-3-3 utilizada diante do Brasil. Outra discussão é se Carrasco volta ao time pela esquerda. Com ele, o time se tornaria mais ofensivo de novo. E a há, ainda, a questão de Mbappé jogar por seu setor. Uma possibilidade é uma escalação que misture os dois estilos. Volta Carrasco pela esquerda e Felaini, um volante mais marcador, permanece no time.
Assim, A Bélgica teria quatro no meio, mas jogadores mais vigorosos na marcação."Não tínhamos a bola (contra o Brasil), jogamos diferente. Quando tínhamos a bola, jogamos igual. Não tínhamos a bola, jogamos para defesa. Tem que sempre considerar a qualidade do seu oponente. Seria ingênuo apenas jogar o seu jogo", explicou o zagueiro Vermaelen, que é outra opção para a zaga - contra o Brasil, jogaram Alderweireld, Kompany e Vertonghen no setor.
Certo é que a principal aposta continua a ser o trio ofensivo com Hazard, De Bruyne e Lukaku. O centroavante do Manchester United e o atacante do Chelsea não treinaram neste domingo, poupados, mas não são dúvida. De Bruyne treinou normalmente. Com informações da Folhapress.