Corinthians tem parte de prêmio da Copa do Brasil penhorada
A medida em primeira instância foi determinada pelo juiz Luis Fernando Nardelli, da 3ª Vara Cível, do Foro Regional VIII do Tatuapé
© Paulo Whitaker/Reuters
Esporte para pagar dívida
A Justiça determinou nesta segunda-feira a penhora de parte do prêmio de R$ 20 milhões que o Corinthians receberá pelo vice da Copa do Brasil. A medida em primeira instância foi determinada pelo juiz Luis Fernando Nardelli, da 3ª Vara Cível, do Foro Regional VIII do Tatuapé, e atende ao pedido do Instituto Santanense de Ensino Superior.
A entidade cobra uma dívida de R$ 2,48 milhões e notificou a CBF para que desconte o valor do que o clube receberá referente ao vice-campeonato. O pedido foi feito à Justiça na última quarta-feira, no dia da decisão da Copa do Brasil contra o Cruzeiro. A decisão foi disponibilizada no Diário da Justiça nesta segunda-feira, na terça-feira será publicada e a partir de quarta-feira o Corinthians terá 15 dias para se pronunciar.
O diretor jurídico do clube, Fabio Trubilhano, informou em entrevista ao Estado que ainda analisará qual medida será tomada em relação a este processo. "É uma decisão de primeira instância. Ainda vamos analisar os valores, fazer novas contas e, se for o caso, impugnar. É possível que (o clube) entrará com recurso", disse.
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O processo é antigo e corre na Justiça desde 2010. É referente a uma parceria em que o Corinthians cedeu parte do Parque São Jorge para que a universidade oferecesse aulas de Educação Física. O contrato, no entanto, foi rompido por parte do clube, que arrendou o mesmo espaço a uma igreja.
O valor cobrado pelo Instituto Santanense é referente a quebra de contrato. No mês passado, houve uma audiência para tentar um acordo, mas não houve entendimento. Na ocasião, a universidade pedia R$ 4,1 milhões.
O Corinthians cobra da universidade uma dívida anterior, de 2008, referente ao patrocínio acertado e que não foi pago. O clube pede R$ 1,2 milhão. Trubilhano entende que será difícil conseguir novo acordo a partir de agora. No entanto, não descarta nenhuma das possibilidades. Com informações do Estadão Conteúdo.