Pelé fala sobre problemas de saúde e diz que Bolsonaro foi boa escolha
Aos 78 anos de idade, o Rei do Futebol admite ter ‘receio’ da morte
© Ricardo Stuckert/CBF
Esporte Entrevista
Em entrevista publicada na edição desta quarta-feira (5) do jornal Folha de S.Paulo, Pelé afirmou ter ‘receio’ da morte. Com 78 anos de idade, o Rei do Futebol vem enfrentando problemas de saúde que afetam sua mobilidade. Ele, que não pode ir ao Mundial da Rússia, promete que vai estar no Qatar, em 2022, naquela que será sua última presença em Copas.
“Todas as Copas eu tenho 500 convites comerciais, para comentar, para trabalhar. Nesses três anos até a próxima Copa eu vou sossegar e só vou viajar quando eu quiser para ver o jogo. Não vou para trabalhar. Graças a Deus, convite não falta. Prometo a vocês. Na próxima Copa, se eu for, vou para passear e assistir aos jogos”, conta o ex-craque.
Perguntado sobre o seu real estado de saúde, Pelé disse que está bem.
“Graças a Deus, estou bem. Fiz três cirurgias nos últimos anos, mas não estou 100%. Não sinto mais dor, sinto mais fraqueza. Eu tinha umas pernas bonitas, olha como estão agora [aperta as coxas por cima da calça]. Tive de fazer duas [cirurgias] no quadril, uma na coluna porque houve desgaste. Também tem o joelho. Até brinquei. Disse que joguei futebol por 30 anos, 25 no Santos e cinco no Cosmos. Deus só mandou a conta agora. Nos 30 anos de futebol não tive contusão. Mas já estou até dando pique no lugar (risos)”, afirmou o Rei, que disse também ter medo da morte.
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“Tenho receio, né? De vez em quando você fica meio preocupado. Senão ninguém tomava remédio. Eu fiz a cirurgia e não recuperava, não recuperava. Forcei demais a perna esquerda, complicou meu joelho. Estava falando: “pô, já paguei a pena”. Forcei o joelho e tive de ir no médico ver o ligamento. Faço fisioterapia e em duas semanas vou deixar a bengala. Mesmo sem ser mais atleta, ainda estou pagando a conta”, diz.
Questionado se foi às urnas votar nas eleições deste ano, Pelé disse que não, explicou o motivo e opinou sobre o resultado.
“Eu não votei porque estava fora do país. Acho que foi bem escolhido (Jair Bolsonaro). A gente tem que dar apoio para que dê tudo certo para o governo que está sendo montado. Chegou o momento em que tinha de ser assim. Tem de acreditar”, defendeu.