Clube de Ricardinho se defende de denúncias de desvio de verba
Maringá Vôlei respondeu a acusações do Ministério Público
© Sergio Moraes/Reuters
Esporte Maringá
O Maringá Vôlei, clube que tem o ex-levantador Ricardinho como presidente, se defendeu das denúncias de desvio de dinheiro público na realização de dois eventos em 2014. O clube ressalta que o Maringá Vôlei só estabeleceu um contrato com a CBV (Confederação Brasileira de Vôlei).
"O questionamento do Ministério Público não se trata de atividades cotidianas desenvolvidas pela associação e pelo Ricardinho, mas sim de dois eventos isolados realizados em 2014 -Copa Brasil e Liga Mundial. Esclarece ainda que o Maringá Vôlei não fez qualquer contratação com a Prefeitura de Maringá e sim com a CBV, única detentora dos direitos de promover jogos da Copa Brasil e Seleção Brasileira", informou o clube em nota divulgada pela assessoria de imprensa.
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"É importante ressaltar que todos os serviços contratados foram realizados e que as devidas prestações de contas foram feitas para a CBV. Inclusive esses eventos muito contribuíram com a economia, incentivando o esporte e o turismo."
De acordo com a investigação do Ministério Público do Paraná, a Prefeitura de Maringá repassou ao Maringá Vôlei (nome fantasia da empresa Vôlei Brasil Centro de Excelência) R$ 880 mil para a realização de dois eventos em 2014: uma etapa da Liga Mundial e a Copa Brasil.
Desse montante, porém, teriam sido justificados os gastos de apenas R$ 204 mil. Segundo a acusação, há provas de que R$ 255 mil foram parar em contas particulares de Ricardinho e Carmen.
O Ministério Público diz ainda que o advogado do clube na época, Rogério Rodrigues, sacou R$ 550 mil em espécie. O dinheiro da bilheteria, cerca de R$ 325 mil, também teria sumido. Nesse caso, o Maringá Vôlei ressalta que Rogério não faz mais parte do quadro de funcionários da entidade.
Por causa disso, a Justiça do Paraná determinou o bloqueio das contas bancárias e de quatro automóveis pertencentes ao ex-levantador Ricardinho por causa de uma denúncia de desvio de verbas públicas que deveriam ter sido utilizadas em eventos de vôlei.
O bloqueio também vale para a sogra do jogador, Carmen Panza, e para o clube do qual ele é presidente, o Maringá Vôlei.
O Maringá Vôlei ainda esclarece que em nenhum momento o clube, Ricardo Bermudez Garcia e Maria do Carmo Panza receberam notificação judicial para prestar contas dos eventos. "No entanto, eles declaram, nesta oportunidade, que estão à disposição da Justiça para que os fatos sejam esclarecidos. Por fim, Ricardinho ressalta que tudo foi feito na mais absoluta lisura, como será apurado."
Com informações da Folhapress.