Em congresso da Fifa, Infantino insiste em Copa de 2022 com 48 países
"A maioria das federações (nacionais) deseja que isso aconteça. Mas é preciso ver se isso é possível desde o ponto de vista organizacional", disse o presidente da entidade
© Valeriano Di Domenico/Getty
Esporte Marrocos
O presidente da Fifa, o suíço Gianni Infantino, não desiste. Nesta quinta-feira, no encerramento da Assembleia Geral da entidade, realizada nos últimos três dias em Marrakesh, no Marrocos, o dirigente voltou a falar da possibilidade da Copa do Mundo de 2022, no Catar, ter o número de seleções aumentado de 32 para 48. Para ele, ainda existe a possibilidade de alguns jogos serem disputados em países que fazem fronteira com os catarianos.
"Pensamos que ampliar para 48 o número de participantes no Mundial de 2026 é uma boa decisão e estudamos a possibilidade de fazer o mesmo já a partir de 2022. Os catarianos se mostram abertos a esse ideia de estudar esta questão", afirmou Infantino em uma entrevista coletiva de imprensa em Marrakesh, considerada a "capital turística" do Marrocos.
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"A maioria das federações (nacionais) deseja que isso aconteça. Mas é preciso ver se isso é possível desde o ponto de vista organizacional. Claro que seria difícil organizar um Mundial de 48 países somente no Catar. A ideia seria jogar algumas partidas em países limítrofes", insistiu o presidente da Fifa.
Um problema para a ideia de Infantino é que atualmente o Catar está com problemas diplomáticos com seus vizinhos, especialmente a Arábia Saudita. "Conhecemos a situação do Golfo (Pérsico). Estamos no futebol e não na política. Vamos ver o que conseguiremos fazer", disse.
O presidente da Fifa aproveitou para falar também de uma outra ideia sua. Infantino voltou a defender uma reformulação no sistema de disputa do Mundial de Clubes, aumentando o número de equipes de sete para 24 e abrindo mais vagas para times que não sejam europeus.
O dirigente defendeu a realização de "uma verdadeira Copa do Mundo de clubes, como a Copa do Mundo de seleções", com "equipes de todos os continentes", embora tenha reconhecido que, hoje em dia, os melhores jogadores do mundo estão em campeonatos europeus.