Pressionado, Zé Ricardo vê demissão em pauta pela 1ª vez no Botafogo
O empate por 1 a 1 na última quinta, no entanto, deixou o Botafogo pressionado para a partida da próxima semana, em Caxias do Sul, no Alfredo Jaconi
© Vitor Silva/SSPress/Botafogo.
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RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) - O tropeço diante do Juventude e, consequentemente, a complicada situação na Copa do Brasil colocou a demissão do técnico Zé Ricardo em pauta pela primeira vez no Botafogo. A pífia campanha no Carioca foi relevada por conta dos resultados do time nas competições eliminatórias e, portanto, o treinador seguia com prestígio na diretoria.
O empate por 1 a 1 na última quinta, no entanto, deixou o Botafogo pressionado para a partida da próxima semana, em Caxias do Sul, no Alfredo Jaconi. O alvinegro não poderá perder fora de casa. Se empatar a vaga será definida nos pênaltis. Quem vencer, fica com a classificação para a quarta fase da Copa do Brasil.
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Atualmente, o Juventude joga a terceira divisão do Campeonato Brasileiro, e o Botafogo sequer pode pensar na possibilidade de cair nesse momento da competição. A premiação é fundamental para o ano do Alvinegro, que deve dois meses de salário atrasado.
O time não tem rendido o que a torcida ou até mesmo a diretoria espera. A pressão externa é enorme, mas o Botafogo tenta manter a calma. Para início de conversa, o clube segue muito confiante na classificação diante do Juventude. Tanto que procuram não pensar muito em caso de eliminação.
Alguns dirigentes, no entanto, já estão com uma pulga atrás da orelha e uma queda para o Juventude seria muito pesada para Zé Ricardo, que conta com a simpatia da 'chefia'. Isso sem contar que uma troca no comando significa inchar ainda mais a folha salarial.
Por mais que a demissão de Zé Ricardo tenha entrado de fato na pauta, o Botafogo deseja com todas as forças que a situação não caminhe nesse sentido. Há uma admiração pelo trabalho do treinador e a confiança que o time encaixará em algum momento, como ocorreu na última temporada.
No meio de tudo isso, os jogadores ainda decidiram protestar contra os dois meses de salários atrasados e não se concentraram para a partida contra o Juventude. Segundo apuração da reportagem, Zé Ricardo ainda tentou demover os atletas da ideia, mas viu que não conseguiria e apoiou o grupo.
O temor de Zé Ricardo sobre o protesto era justamente em caso de tropeço no jogo. A torcida, evidentemente, passou a cobrar ainda mais o time, o que torna o trabalho mais difícil ainda. O clima é delicado e a pressão aumenta a cada dia. Em momento decisivo na temporada, o Botafogo precisa de resultados para limpar o céu que ronda General Severiano.