Drama na Liberta e Luan fora marcam 1ª frustração em nova era Renato
Começo ruim de Libertadores cria a principal depressão da terceira passagem do treinador pelo comando da equipe
© LUCAS UEBEL/GREMIO FBPA
Esporte Grêmio
PORTO ALEGRE, RS (UOL/FOLHAPRESS) - Ainda não acabou. O Grêmio tem chances de classificação na Libertadores, mas a situação é bem complicada. Ter começado a competição continental com apenas um ponto em três jogos e a possibilidade de ser eliminado na fase de grupos, além de todo o imbróglio com Luan, cria a primeira frustração da "nova Era Renato" no clube. Até então, mesmo quando foi eliminado, outros fatores falaram mais alto.
Portaluppi assumiu o Grêmio em setembro de 2016. Naquele ano o time já tinha poucas pretensões no Brasileiro pela série de tropeços que haviam ocorrido com Roger Machado no comando. De cara, o treinador conquistou a Copa do Brasil, tirando o Tricolor de um longo jejum de títulos no âmbito nacional.
No ano seguinte, o tricolor dava valor ao Gauchão e à possibilidade de impedir a sequência de títulos do Inter. Mas a queda prematura para o Novo Hamburgo não criou um problema real para a equipe, já que na Libertadores as coisas estavam indo muito bem. E ainda em seguida o tradicional adversário perdeu a final para o time do Vale dos Sinos e amenizou a eliminação gremista.
A campanha no Brasileiro foi boa, o time mostrou bom futebol e só não sonhou com algo mais por priorizar a Libertadores. E deu certo, a conquista da competição continental abafou qualquer lamentação pela saída da Copa do Brasil, por exemplo.
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E no ano passado o Grêmio seguiu a rotina de conquistas. Ganhou o Gauchão, a Recopa, foi bem novamente no Brasileiro e, em sua avaliação, só não brigou pelo título até as últimas rodadas porque utilizou reservas dando prioridade à Libertadores. Caiu da Copa do Brasil, mas se via bem na competição continental. E a eliminação para o River Plate, ainda que tenha sido dolorida, não causou grande depressão pela forma que ocorreu.
O Grêmio se considerou prejudicado. No jogo de Porto Alegre, a derrota que ocasionou a eliminação, o técnico Marcelo Gallardo desrespeitou a punição que havia sofrido, foi até os vestiários, conversou com os jogadores. O árbitro de vídeo que marcou o pênalti convertido em gol pelos argentinos, segundo o Grêmio, agiu errado ao não marcar toque de mão em outro gol. E a partida foi acabar nos tribunais, com o resultado de campo mantido pela Conmebol, mas o sentimento de eliminação dando lugar ao de injustiça para os gremistas.
Este ano, porém, apenas a boa campanha no Gauchão, um campeonato de força inferior, anima a torcida. O começo ruim de Libertadores cria a principal depressão da terceira passagem do treinador pelo comando da equipe.
"Estamos atentos a tudo e a todos, mas sem fazer tempestade em copo d'água. É para isso que estou aqui, para tranquilizar o torcedor. Mais do que nunca precisamos dele. Momentos difíceis todo mundo passa. E o Grêmio não está num momento difícil, que fique bem claro. Não tivemos resultados bons na Libertadores, mas confio na classificação. É degrau a degrau", disse Portaluppi.
Neste domingo, o Grêmio volta a campo pelo Campeonato Gaúcho. Precisa vencer o São Luiz para se classificar no Estadual. E evitar que a situação fique ainda pior.