Mauro Mendonça diz que estreitou amizade com Tony Ramos em 'Cabocla'
Para Mendonça, "Cabocla" foi uma das melhores produções de que ele participou na Globo
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Fama Bastidores
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Em cena, coronel Justino (Mauro Mendonça) e coronel Boanerges (Tony Ramos) viviam às turras, brigando por terras e pelo poder político no município rural da Vila da Mata. Mas nos bastidores de "Cabocla" (Globo, 2004), os atores intérpretes dos personagens eram só risadas.
É o que conta Mendonça, 88, ao relembrar a trama, que será reprisada a partir desta segunda-feira (7), às 15h30, no canal Viva.
"As brigas com o coronel Boanerges eram muito divertidas, soltávamos a imaginação. Eu e o Tony [Ramos] ficamos mais amigos ainda ao longo da trama", disse o ator em entrevista ao F5.
Para Mendonça, que tem mais de mais de 50 anos de carreira na TV, "Cabocla" foi uma das melhores produções de que ele participou na emissora. "Considero essa a melhor novela que eu fiz na Globo, a que eu mais gostei", afirmou.
O ator diz que o coronel Justino era bruto e mal-humorado, mas porque era "muito solitário". "Depois que ele começou a namorar a espanhola, o humor dele melhorou", disse em referência ao relacionamento do seu personagem com a dançarina Pepa, vivida pela atriz Elena Toledo.
A trama, uma adaptação da produção de Benedito Ruy Barbosa exibida em 1979 e inspirada no romance homônimo de Ribeiro Couto (1931), marcou também a estreia da atriz Vanessa Giácomo em um papel de destaque na televisão –até então, ela só tinha feito pequenas participações em outras atrações da emissora, como na minissérie "Presença de Anita" (2001).
Em "Cabocla", ela fez a protagonista Zuca. Na história, ela era uma moça simples do interior, sem muito estudo, noiva de Tobias (Malvino Salvador). Ao conhecer Luís Jerônimo (Daniel de Oliveira), rapaz rico e educado que vai para a Vila da Mata para cuidar da saúde, ela se apaixona por ele e decide enfrentar tudo para viver esse amor.
Uma curiosidade é que Gloria Pires e o ator e cantor Fábio Jr. interpretaram Zuca e Luís Jerônimo na versão de 1979 e se casaram na vida real, após o fim da novela. Eles tiveram uma filha, Cleo, mas terminaram o relacionamento alguns anos depois.
O mesmo aconteceu com Vanessa e Daniel de Oliveira, que começaram a namorar durante as gravações, tiveram dois filhos e ficaram juntos até 2012, quando se separaram.
A adaptação de 2004, conduzida por Edmara e Edilene Barbosa, filhas de Benedito, pôde abordar temas que foram censurados em 1979, como a questão da posse de terra e o conceito de usucapião.