Ex-Bozo fala sobre vício em cocaína e vida como pastor evangélico
Arlindo Barreto entrega que não sente falta da sua vida do passado, regada a muitas mulheres, Gretchen entre elas
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Fama por onde anda?
A rotina de Arlindo Barreto, um dos intérpretes do Bozo nos anos 1980, era dividida entre as muitas horas de trabalho e o abuso de álcool e drogas. Parte da sua história na frente e atrás das câmeras vai ser contada no filme 'Bingo ' O Rei das Manhãs', de Daniel Rezende, com Vladimir Brichta no papel principal.
"Passei um tempo com o Vladimir, um ator excelente. Fiz uma espécie de coach e ele conseguiu pegar cada detalhe. Também acompanhei as filmagens. Quando o trailer foi divulgado, um dos meus filhos disse: 'Pai, ele está igualzinho a você'. Me emociono quando falo sobre isso'", entrega Arlindo, sobre o filme.
Hoje com 63 anos e pastor evangélico, Arlindo fala também sobre o que é real e ficção no filme. A cena em que uma criança fala palavrão no programa é real, a cena que ele usa drogas antes do programa, segundo ele, é ficção.
"Isso é ficção. Não acontecia. Por dia, eram quatro palcos com participantes de excursões de quatro escolas. Um calor insuportável. Não teria como fazer o programa drogado", conta.
Arlindo fará uma participação no filme, segundo informa a colunista Patrícia Kogut, como um homem que levará uma mensagem religiosa ao protagonista. Sua conversão, inclusive, foi uma das sua exigências para que o filme saísse do papel.
"Se o longa ficasse folia por folia não teria propósito. Queria mostrar o poder que Deus tem. Antes, acreditava que, se chegasse ao topo do sucesso, conquistaria a paz que tanto sonhava. Mas caí numa roda viva que foi justamente o contrário", conta.
"Quanto mais trabalhava, mais distante eu ficava da minha família. Minha primeira mulher saiu de casa com meu filho. Desci toda a escada da fama, fiquei deprimido. Usei cocaína e entrei no buraco negro. Tentei ajuda em várias terapias e não encontrei. Quando me recuperei do acidente, me vi sem família, sem nada. Fui para a igreja e reencontrei o pastor que havia me ajudado no hospital. Ouvi a palavra de Deus, que tem uma força espetacular. Não senti mais vontade de beber, fumar maconha ou usar cocaína. Isso modificou a minha vida. Queria falar de Jesus na TV (no SBT) e não deixaram. Então, eu disse tchau", finaliza.
Arlindo entrega que não sente falta da sua vida do passado, regada a muitas mulheres, Gretchen entre elas. O pastor hoje faz turnês com sua comédia gospel, sem cobrar ingressos.
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