A delegada Danúbia Quadros, da Polícia Civil de Minas Gerais, falou com jornalistas na tarde desta segunda-feira (13), na Divisão de Polícia Especializada da Mulher, do Idoso e do Deficiente (Demid), em Belo Horizonte, sobre as investigações do caso envolvendo o cantor Victor Chaves, da dupla sertaneja Victor & Léo, e a mulher dele, Poliana Bagatini Chaves, que o acusou de agressão. De acordo com a polícia, as investigações estão em andamento, mas "o exame de corpo de delito para lesão corporal deu negativo".

Poliana fez um boletim de ocorrência contra o marido no dia 24 de fevereiro e o acusou de agressão. Ela disse que o marido a empurrou e chutou no elevador. Dois dias depois, no entanto, ela fez um post em seu Instagram dizendo que Victor "não a machucou, nem a machucaria".

Danúbia enfatizou que o laudo do IML, neste caso, não é conclusivo: "lesão corporal e agressão/vias de fato são coisas diferentes. Empurrões, tapas e posturas que não deixem a vítima lesionada não aparecem no exame de corpo de delito, não deixam vestígios. Agora ele está sendo investigado por agressão/vias de fato", explicou.

De acordo com a delegada, o casal brigou porque Victor levou a filha para a casa da mãe dele, sem autorização de Poliana, que foi até lá tirar satisfação.

A polícia agora está aguardando o laudo da perícia das gravações do circuito interno do prédio para prosseguir com as investigações. "Não existe prazo definido para a perícia entregar o laudo das imagens, mas existe um prazo para encerrar o inquérito. É de 30 dias a partir do dia 25 de fevereiro. As imagens já foram assistidas, mas falta a elaboração do laudo", contou a delegada. A mulher de Victor denunciou a agressão no dia 24 de fevereiro, mas assinou o documento e fez o exame no dia seguinte pela manhã, segundo o Ego.

Todas as provas são importantes e serão levadas em consideração para indiciar ou não, o acusado. A Polícia trabalha com provas. Se realmente houve a agressão, ele será indiciado no artigo 21."

A perícia das câmeras é de extrema importância porque não houve testemunha das supostas agressões. "Segundo apurado, nenhum vizinho, porteiro ou funcionário, presenciou a agressão", disse Danúbia.

O cantor depôs na noite deste domingo (12). A Polícia Civil informou que "Victor esteve na delegacia acompanhado da mãe, da irmã e do advogado. Eles chegaram às 19h e saíram às 23h. Cada um prestou depoimento isoladamente. O advogado acompanhou todo depoimento".

"É um caso, infelizmente, muito comum, aqui na delegacia de mulheres", lamentou a delegada.

Leia também: Caio Castro rebate comentário homofóbico: "E se eu fosse homo?"