Fê Young manda recado revoltado pra juiz que citou 'reputação elástica'
Após saber da 'lição de moral' vinda do juiz, a atriz e escritora fez um longo desabafo na coluna 'Agora É Que São Elas'
© Reprodução / Instagram fernandayoung
Fama Indignação
A 11ª Vara Cível de São Paulo condenou um homem a indenizar em R$ 5 mil a escritora Fernanda Young por danos morais, por conta de uma ofensa feita pela internet. A quantia, considerada pequena pela autora, levou em conta, segundo o juiz do caso, a “reputação elástica” da artista, que já posou nua diversas vezes, dentre outros detalhes.
Após saber da 'lição de moral' vinda do juiz, a atriz e escritora fez um longo desabafo na coluna 'Agora É Que São Elas', da Folha de S. Paulo. E, claro, mandou um recado para juiz do caso, Christopher Alexandre Roisin.
"O agressor que usou a covardia do anonimato, que me assediou verbalmente, me insultando, chama-se Hugo Leonardo de Oliveira Correia, mora em Jaboatão dos Guararapes, Pernambuco. Eu pararia esse longo desabafo aqui, caso a questão tivesse, enfim, sido encerrada", começou Fernanda.
"Ao ganhar a causa contra o agressor, também recebi uma “lição de moral” do meritíssimo juiz Christopher Alexandre Roisin da 11ª Vara Civíl do Foro Central da Capital de São Paulo. Segundo o excelentíssimo juiz, o valor estipulado como indenização por ter ganhado a causa de danos morais contra Hugo Leonardo de Oliveira Correia, deve ser de R$ 5.000. Este valor, que não cobre os custos que tive, foi estipulado diante do fato de eu ter posado nua, e na sequência dessa observação obsoleta ao caso, ele afirma que eu tenho uma REPUTAÇÃO ELÁSTICA. Continua ele: “Uma mulher com tantos predicados como a autora afirma possuir deveria demonstrar, porque formadora de opinião, um pouco mais de respeito. Há valores morais que devem governar a sociedade e que, no mais, muitas vezes, nos dias que correm, são ignorados em prestígio a uma pretensa relatividade aplicada às ciências sociais, geradora do caos atual'", continuou.
"Desculpa, meritíssimo, por eu realizar os meus sonhos criando os vestidos com que quero cobrir o meu corpo. Desculpa por eu despi-los como manifestação daquilo que creio ser arte. Não é minha culpa você não querer saber o que enxergo e conto. É a minha arte, são os meus “vestidos”. Não vou deixar de sonhar com um mundo melhor porque atualmente vivemos entre ladrões de sonhos, fardados ou não, armados ou não, com mandatos ou não. Eu realmente não tenho medo. E irei recorrer", finalizou a escritora, indignada.
A coluna pode ser lida na íntegra AQUI.
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