Galã da Globo nos anos 1990 vira autor de história em quadrinhos
"Faço HQs pelo prazer pessoal. Mas não dá para dissociar o ator do quadrinista", avalia Felipe Folgosi
Galã da Globo nos anos 1990 vira autor de história em quadrinhos
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Fama Universo
Um dos galãs mais aclamados da Globo na década de 1990, Felipe Folgosi tem conciliado a carreira de ator com outra também no campo da arte, mas de natureza mais inusitada: a de criador de histórias em quadrinhos.
Ele lançou, nesta semana, sua segunda HQ, "Comunhão". Em 2015, sua primeira obra, "Aurora", chegou a ser indicada a quatro categorias do Troféu HQ Mix, considerado o Oscar do gênero, segundo o site Notícias da TV.
"Pela minha carreira de ator, eu sei que não há uma fórmula exata para saber o que vai ressoar com o público. Então rola uma expectativa para saber se você vai conseguir se comunicar com as pessoas como fez nos outros trabalhos", diz o agora quadrinista, de 43 anos e quase 30 de atuação.
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"Comunhão" foi roteirizada por Folgosi para ser um filme, mas a adaptação para os quadrinhos ocorreu para que a ideia não ficasse na gaveta. "Eu escrevi em 2006, só que cinema é muito caro de se fazer. Achei que a HQ era uma forma bacana de conseguir mostrar o projeto às pessoas em uma narrativa visual", conta.
A relação com o universo fantástico dos gibis não é nova: logo no início da carreira, ele protagonizou a novela "Olho no Olho" (1993), na qual vivia Alef, dotado de poderes paranormais. Quase 15 anos depois, participou das três fases de "Os Mutantes" (2007-2009), da Record. A paixão pela cultura pop, porém, é mais precoce.
'Sempre nerd'
"É curioso que me deram um rótulo de galã na TV, mas eu sempre fui nerd. Quem me conhece há mais tempo sabe. Cresci lendo quadrinhos, já trabalhei em locadora para poder assistir aos filmes. Via Star Wars, Indiana Jones, De Volta para o Futuro... Esse meu fascínio pela cultura pop é bem antigo", lembra ele.
Apesar de bem-sucedido com "Aurora", Folgosi diz que sua atividade principal continua sendo a atuação. "Faço HQs pelo prazer pessoal. Mas não dá para dissociar o ator do quadrinista. Eu procuro trazer o comprometimento artístico do cinema e do teatro para as páginas. Não sei se é assim que os outros quadrinistas trabalham, talvez eu esteja criando um método (risos)", diverte-se.