Golpista que inspirou filme 'VIPs' relembra crimes: 'Não me arrependo'
Hoje Marcelo Nascimento trabalha como produtor de eventos e ministra palestras sobre o dom da persuasão
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Fama Realidade
Com um passado que lhe rendeu o título de maior golpista do país, Marcelo Nascimento viu sua história virar tema de livro e filme após tentar se passar por herdeiro de uma das maiores companhias aéreas do Brasil. Em conversa com Daniela Albuquerque no 'Sensacional' deste domingo (20), o hoje produtor de eventos falou sobre os crimes que cometeu, relembrou o período em que esteve atrás das grades e confessou: "Tudo o que fiz eu pensei antes de fazer, então seria hipócrita dizer que me arrependo. Como vou dizer que me arrependo de ter pego umas mulheres bonitas por aí? [risos]. Não tem como. Só que eu não faria de novo".
Condenado a 33 anos de prisão pelos crimes de estelionato, falsidade ideológica, roubo de avião e associação ao tráfico internacional de drogas, Marcelo cumpriu 13 anos e atualmente está sob o regime de livramento condicional, o que lhe permite trabalhar como produtor de eventos e ministrar palestras sobre o dom da persuasão. "Uma das coisas que falo nas palestras é: 'a pessoa honesta é feliz. Hoje sou muito mais feliz sendo honesto. Eu durmo tranquilo, posso andar de uma lado para outro, mas não tenho vergonha das coisas que eu fiz", ponderou ele, que diz hoje ter uma vida pacata ao lado da família. "Ao contrário do que muita gente pensa, não é que o Marcelo mudou. A única coisa que fiz foi usar a inteligência para coisas ilícitas em coisas lícitas", declara.
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Questionado por Dani se acreditava ter sido condenado injustamente, ele disparou: "Não. A Polícia Federal podia até não saber porque estava me prendendo, mas eu sabia porque estava sendo preso". Durante o período em que esteve atrás das grades, Marcelo chegou a fugir nove vezes. "Eu era extremamente inteligente para várias coisas e uma delas era a fuga. (…) A maior fuga que teve em Bangu, por exemplo, foi liderada por mim. Eu era muito inteligente para fazer essas coisas, só que sem violência", conta.