Fernanda Lima publica carta feminista após briga com Silvio Santos
'Não vamos assistir caladas essas 'brincadeiras''', diz texto da apresentadora
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Fama Declaração
Um dia após receber o apoio de diversas atrizes, Fernanda Lima decidiu publicar um esclarecimento sobre a troca de farpas com o apresentador Silvio Santos e com a sua filha, Patrícia Abravanel, nas redes sociais.
Primeiramente o dono do SBT criticou a magreza da apresentadora de "Amor & Sexo" e ouviu um "por que não te calas?" de volta. Depois Fernanda postou em seu Instagram um texto da jornalista Milly Lacombe que falava sobre o machismo do apresentador. Logo Patrícia Abravanel entrou na "briga" e disse ter preguiça de Fernanda. Nesta sexta-feira (25), Fernanda divulgou em seu Instagram uma carta com posicionamento feminista.
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"Pessoalmente, ser chamada de magra, ou mesmo ser objetificada com frases do tipo 'se ela não souber fazer amor e sexo eu vou ensinar a ela' me parece um absurdo, mas não me oprime a ponto de me fazer sair do conforto do meu silêncio para pedir respeito. Sei quem sou, gosto do meu corpo e e escolho com quem faço amor e sexo. No entanto, politicamente, como uma comunicadora, venho aprendendo que o mundo mudou e que não cabe mais rir do oprimido, mas sim do opressor. Ter privilégios também implica ter responsabilidade. De que adianta dar visibilidade às minorias para zombar da cara delas?", questionou a apresentadora.
"Sigamos firmes no propósito de usar nossa voz para pedir respeito, igualdade e justiça. Sigamos firmes na construção de vias de comunicação, de informação, de aprendizado sobre os males sociais do machismo para que nenhuma mulher mais sofra qualquer tipo de violência pelo simples fato de ser mulher: chega de assédio, de abuso, de violência contra nossos corpos, contra quem somos. O corpo da mulher não é território público onde se pode meter a mão, avaliar, invadir, usar, agredir", afirmou no texto.
Outro trecho ainda diz: "Então chega de benevolência com qualquer comportamento que de alguma forma inferiorize a mulher. Não vamos assistir caladas essas 'brincadeiras' se reproduzindo por aí a torto e a direito. Nem no SBT, nem na Globo, nem em casa, nem no trabalho, nem na mesa do bar. Nem nem pai, nem meu avô, nem meu marido, nem meu filho, nem você. Nem contra mim nem contra nenhuma mulher ou representante de minoria política."
Abaixo, leia o depoimento completo: