Acusado de mais crimes, Harvey Weinstein é liberado hoje sob fiança
As primeiras denúncias públicas contra Harvey Weinstein surgiram em outubro do ano passado
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O produtor norte-americano Harvey Weinstein, de 66 anos, foi liberado nesta segunda-feira (09) sob fiança, em Nova York, depois de ter sido acusado de novos crimes sexuais. O advogado calcula que devem surgir mais acusações.
Weinstein se apresentou ao tribunal, onde declarou inocência perante as novas acusações de crimes sexuais graves. No total, está acusado de seis crimes, como agressão predatória e violação em primeiro e terceiro graus, relacionados com três mulheres.
"Lutamos contra estas batalhas um dia de cada vez, e hoje vencemos este combate", afirmou o advogado Ben Brafman à saída do tribunal.
Citado pela agência Associated Press, o procurador distrital Cyrus Vance Jr. afirmou que Harvey Weinstein está acusado de "alguns dos mais graves crimes sexuais" consignados na lei do estado de Nova York e que, em alguns casos, são punidos com prisão perpétua.
As acusações estão relacionadas com casos ocorridos em 2004, 2006 e 2013.
O produtor norte-americano entregou-se no último dia 25 de maio às autoridades em Nova York, no âmbito de uma investigação judicial sobre agressões e abuso sexual, tendo saído em liberdade com pulseira eletrônica, depois de pagar uma caução de um milhão de dólares. Na altura, as acusações pendiam sobre casos envolvendo oficialmente duas mulheres.
Na semana passada, ele foi formalmente acusado por causa de uma terceira mulher, somando agora no total seis acusações.
As primeiras denúncias públicas contra Harvey Weinstein surgiram em outubro do ano passado, quando mais de uma centena de mulheres testemunharam que o produtor de Hollywood tinha abusado sexualmente delas.
O escândalo desencadeou a campanha #Time'sUp, que levou à queda de centenas de homens em lugares de poder de numerosos setores, e ao movimento #metoo, com outras mulheres denunciando publicamente terem sofrido situações de abuso sexual.
Depois das primeiras denúncias, Harvey Weinstein foi afastado da empresa norte-americana Weinstein Company, que cofundou, e banido de várias associações, como da Academia de Cinema dos Estados Unidos, que atribui o Óscar. Com informações da Lusa.