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Wagner Moura processa MBL por danos morais após post em rede social

O post foi publicado em 30 de março de 2016, antes do impeachment de Dilma

Wagner Moura processa MBL por danos morais após post em rede social
Notícias ao Minuto Brasil

06:40 - 11/08/18 por Folhapress

Fama Justiça

O ator Wagner Moura, 42, entrou com uma ação na justiça contra o MBL (Movimento Brasil Livre) por danos morais. Ele pede uma indenização no valor de R$ 50 mil. O motivo é uma postagem que o grupo fez no Facebook, em que insinua que o ator recebeu dinheiro via Lei Rouanet para fazer vídeos com o objetivo de defender a então presidente Dilma Rousseff. 

O post foi publicado em 30 de março de 2016, antes do impeachment de Dilma, e mostra uma foto de Moura com a seguinte frase: "Wagner Moura, captando R$ 11,5 milhões pela Lei Rouanet, fará vídeos defendendo o governo Dilma".

No processo, os advogados de Moura argumentam que o MBL cometeu os crimes de calúnia, injúria e difamação, "atingindo de forma certeira e sem qualquer piedade o nome e a imagem" do ator.

Na ação, os advogados do ator afirmam que a postagem tem potencial "devastador", já que teve mais de 20 mil curtidas, 31 mil compartilhamentos e 3.000 comentários. O MBL é um grupo político de direita, que ficou conhecido durante os protestos pelo impeachment de Dilma.

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Segundo Paulo Petri, advogado de Moura, o processo é do ano passado, mas está parado, porque até agora a justiça do Rio não conseguiu intimar representantes do movimento. "Há uma dificuldade para encontrar pessoas do grupo para assinar a intimação", afirma.

O escritório dele também defende, em casos semelhantes, outras personalidades que foram alvo de postagens do MBL, como o músico Tico Santa Cruz e o escritor e humorista Gregório Duvivier. "Esse grupo utiliza, com certa frequência, os seus espaços virtuais, para atacar pessoas que não têm a mesma opinião política deles", diz. Os três artistas foram contrários ao impeachment da presidente. 

Petri acrescenta que a intenção de Moura é combater a sensação de impunidade que existe hoje na internet. "O Wagner não tem essa postura de sair processando todas as pessoas que o agridem nas redes sociais. Mas neste caso, ultrapassou-se o limite do ponderável, porque essa publicação do grupo viola a intimidade, a honra e a vida privada dele."

Procurado pela reportagem, o MBL informou que não foi intimado sobre o processo e, por isso, não tem como se pronunciar sobre o assunto.  No final de julho, o Facebook retirou uma rede composta por 196 páginas e 87 perfis na rede social por, segundo a empresa, violar severamente as suas políticas de autenticidade. Dentre elas, estão quatro páginas do MBL, segundo divulgado pelo MPF (Ministério Público Federal) em Goiás. Com informações da Folhapress. 

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