'Nem cheguei a conhecer meu pai, não sinto falta', diz Pabllo Vittar
A cantora falou sobre as relações familiares em conversa com Roberto Cabrini
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Fama Família
Em um documentário especial para o Conexão Repórter que vai ao na próxima segunda (27), Roberto Cabrini conversou com Pabllo Vittar sobre a luta contra rótulos e barreiras "moralistas". Aos 23 anos, a cantora falou sobre a descoberta da própria sexualidade, o desafio de se assumir homossexual diante da mãe, homofobia, questões de gênero e até mesmo a ausência do pai.
"Eu nem cheguei a conhecer meu pai (...) Não sinto (falta). Eu acho que tudo na vida tem um motivo. Acho que a figura masculina e essa força masculina que a gente encontra em figuras que geralmente vem dos pais, eu recebi muito dos meus tios, dos meus amigos, do meu avô, pai da minha mãe, das pessoas que estavam comigo perto", disse a artista.
Sobre a discussão a respeito de ser tratado como ele ou ela, Pabllo declarou: "Tanto faz, tanto faz... Eu acho que a gente está na vida pra ser múltiplo".
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Ostentando um enorme sucesso no Brasil, a cantora também mostrou não se incomodar com os "caretas".
"Sabe por quê? Porque existem essas pessoas que são caretas. Mas existem também as pessoas que são tipo 'viva sua vida do jeito que você quiser viver' e é pra essas pessoas que a gente trabalha. Para as outras a gente quer levar informação. Quer mostrar que a gente é capaz. Quer mostrar que a gente, LGBTs e gays, temos caráter, trabalhamos, temos sim os mesmos direitos... E a gente pode fazer o que a gente quiser. Eu posso estar aqui dando essa entrevista, na frente dessa câmera pra você. Posso estar exercendo qualquer função no mercado de trabalho, porque eu sou capaz disso. A minha sexualidade, a minha condição sexual, não me incapacita, não me faz menos. E eu provo isso pra mim mesma, todos os dias", analisa.