BBB: polícia apura apologia a maus-tratos contra animais
Segundo a Polícia Civil do Rio de Janeiro, o caso foi aberto na 32ª DP (Taquara), mas não foram informados detalhes da apuração
© Reprodução / TV Globo
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Os comentários dos participantes do Big Brother Brasil 19 voltaram a provocar polêmica e levaram a Polícia Civil do Rio a abrir um novo inquérito. Após supostos comentários racistas e preconceituosos, dessa vez é uma possível apologia a maus-tratos contra animais que está sendo investigada.
Segundo a Polícia Civil do Rio de Janeiro, o caso foi aberto na 32ª DP (Taquara), mas não foram informados detalhes da apuração. O ativista Randel Silva, porém, postou em suas redes sociais uma mensagem de que procurou a polícia e o Ministério Público para denunciar os comentários do participante Maycon.
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"Não podemos tolerar apologia aos maus-tratos e zoofilia em rede nacional. Cometeu um crime, seja quem for ou onde esteja, nós vamos pra cima. Os animais não falam, mas falamos por eles. Continuem divulgando para que todos saibam que os animais têm quem os defenda e saibam o tipo de caráter desse cara", disse ele no Facebook.
A reportagem tentou contato com Silva, mas ele não havia retornado até a publicação desse texto. Também nas redes sociais, ele iniciou uma petição pedindo a saída de Maycon do programa. "Precisamos de pressão popular. Assinem a Petição. Queremos Maycon fora do BBB 19", afirma ele em seu post.
No mês passado, Maycon falou em conversa com outros "brothers" que já havia amarrado uma bombinha no rabo de um gato. "Vocês não tiveram infância", afirmou ele ao ouvir que os companheiros nunca fizeram a mesma coisa. Na ocasião, a atriz Luisa Mell, 40, postou o vídeo no Instagram com a frase: "Me ajudem a tirar este idiota??".
Maycon também chegou a falar no programa que perdeu a virgindade com uma cabra, o que provocou revolta entre internautas nas redes sociais. "Eu não ia conseguir olhar pra cara dele. Que medonho", afirmou um deles. "Cara mais nojento de todos os tempos. Maníaco... Estuprador de animal. Zoofilia é crime", disse outro.
RACISMO
A polícia do Rio já havia confirmado nesta segunda (11) que está investigando comentários racistas e preconceituosos dos participantes dessa 19ª edição do BBB. Ela não informou quem são os participantes envolvidos na polêmica, mas internautas já apontavam problemas em falas de Paula e Maycon.
Um dos comentários mais criticados foi quando Paula afirmou a Diego e Hariany que tem medo de Rodrigo por ele ter contato "com esse negócio de Oxum". Ela chegou a ser alertada pela amiga de que poderia ser considerada preconceituosa, mas Paula continuou: "Mas eu não sou não... nosso Deus é maior".
Já Maycon foi acusado de intolerância religiosa por internautas após falar ter sentido um arrepio enquanto ouvia umas músicas esquisitas, dançada por Rodrigo e Gabriela. "Olhei para os dois, num sincronismo legal. Achei legal, juro por Deus. De repente, comecei a olhar e escutar uns negócios. 'Não faça igual a eles'. Aí veio Jesus Cristo em minha mente. 'Não para aqui. Para a vida inteira. Se fizer igual a eles, eles ganharão mais força'. Eu não sou doido".
No Twitter, internautas chegaram a criar a hashtag #BastadeRacismoNoBBB e criticaram os comentários dos "brothers". "Infelizmente existem muitas pessoas tóxicas que nunca vão entender a causa da luta contra o racismo", disse um. "Todo dia um caso de racismo no BBB e no Brasil que ninguém liga", afirmou outro.
A Globo informou que não foi notificada sobre a apuração. A emissora, no entanto, afirma em nota que "respeita a diversidade, a liberdade de expressão e repudia com veemência qualquer tipo de intolerância e preconceito, em todas as suas formas".
"Desta forma, é importante reiterar que qualquer manifestação pessoal, equivocada ou não, feita pelos participantes do programa, não reflete o posicionamento da emissora", completa a Globo.
Essa não é a primeira polêmica dessa edição do BBB. O participante Vanderson foi desclassificado e deixou a casa, após ser intimado a prestar depoimento em inquérito instaurado, após receber denúncias por importunação sexual, estupro e violência doméstica. Com informações da Folhapress.