Rebelião de 26h chega ao fim no presídio Urso Branco em RO
PM informou que 4 apenados ficaram feridos e nega a informação de que houve mortes
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Justiça Porto Velho
A rebelião iniciada no final da tarde do último domingo (18) no presídio Doutor José Mário Alves (Urso Branco), em Porto Velho, durou mais de 26 horas. O tumulto e a destruição chegaram ao fim às 19h40 desta segunda-feira (19). De acordo com o G1, os presos pediam o afastamento do diretor da instituição.
O Major PM De Lima, responsável pela segurança externa do presídio, disse que os presos se entregaram e serão mantidos na quadra de esportes onde costumam tomar banho de sol até o final da revista nas celas, que deve iniciar às 6h desta terça-feira (20). Ainda de acordo com o Major PM, seis presos pediram para ser transferidos e foram encaminhados para o presídio Urso Panda.
O G1 destacou que mais de 30 mulheres foram mantidas reféns e, apenas quatro saíram. "As demais optaram por passar a noite com seus familiares presos. Elas devem sair só após a troca de plantão, depois das 6h de amanhã (terça-feira)", informou o PM.
A publicação refere que duas mulheres deram informações sobre a condição dos presos. Uma afirmou que todos estavam bem e sentados na quadra. "As mulheres que ficaram estão em local separado", explicou. Outra mulher, que chorava de nervosismo, disse ter ouvido notícia de que dois apenados foram mortos, mas a polícia negou essa informação.
Após o rumor sobre mortes, houve princípio de tumulto do lado de fora do presídio, quando viaturas e ambulâncias tentavam sair. O G1 informa que a situação foi controlada sem violência. Familiares dos presos fizeram "apitaço" com motos e gritaria para sinalizar aos detentos que estavam solidários aos rebelados.
Segundo o Major PM De Lima, durante toda ação da polícia, houveram quatro feridos. A esposa de um apenado, que disse ter amigos trabalhando no hospital de Pronto Socorro João Paulo II, afirmou que foram oito feridos. "O ferido mais grave foi machucado no olho, por tiro de bala de borracha", afirmou o oficial. A esposa de um detento falou
que o marido dela foi baleado no maxilar. "Não era bala de borracha, tanto que o projétil ficou alojado no maxilar do meu marido", declarou.