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'Carolzinha' foi presa e agredida antes de ser morta pela PM, diz família

Líder de gangue foi atingida depois de atirar em policiais em baile funk na Grande BH

Notícias ao Minuto Brasil

10:33 - 06/02/16 por Notícias Ao Minuto

Justiça Controvérsia

Contrariando a versão da Polícia Militar, a família de Sarah Carolina da Silva de Souza, a "Carolzinha", de 19 anos, alega que a traficante teria sido agredida e presa antes de ser morta na última quarta-feira (3) em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte.

Segundo familiares, a garota foi vista entrando em um karaokê onde costumava se divertir no bairro São Caetano. Ela teria sido perseguida pelos militares, agredida e retirada do estabelecimento. Algumas horas depois, o corpo dela foi deixado já sem vida no hospital.

No Boletim de Ocorrência, entretanto, a informação é que "Carolzinha" foi morta durante uma troca de tiros com os policiais. Ela teria sido revistada durante um baile funk, mas foi liberada, já que nada de ilícito foi encontrado. Então, a jovem deixou o local e voltou armada e na garupa de uma motocicleta. Dois policiais ficaram feridos: um foi atingido no joelho e o outro recebeu um disparo na altura do peito que parou no colete.

Ela tentou fugir, mas a PM revidou e acabou atingindo a traficante, que morreu na hora. Ainda conforme a "Record", a jovem chegou a cuspir nos militares e disse que eles "não valiam nada".

Carolina era conhecida como chefe de uma gangue do bairro Morro Vermelho, em Contagem, na Grande BH. Ela já tinha sido detida 22 vezes, sendo a primeira delas aos 13 anos por porte ilegal de arma.

Dois anos depois, ela foi apreendida por suspeita de assassinar uma jovem de 19 anos que estaria envolvida na morte de um amigo. A partir daí, "Carolzinha" ganhou fama de garota destemida e "matadora" da gangue.

Segundo a tenente da PM, Glícia Araújo, a traficante já era conhecida da polícia e temida pelos moradores e comerciantes da comunidade. "Ela impunha sim o medo aos comerciantes, ela impunha medo à comunidade de bem, ela ameaçava as pessoas. Então, essa comunidade se sentia insegura com a presença dela ali", disse.

Nas redes sociais, vizinhos e internautas 'comemoraram' a morte da jovem. Entre as postagens, um agente penitenciário escreveu: 'Esse lixo ficou quase três anos em uma unidade sócio-educativa'.

A morte de 'Carolzinha' está sendo investigada pela Polícia Civil e também pela Corregedoria da PM. No entanto, nenhuma informação sobre as investigações foi divulgada até o momento.

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